Final de semana com reuniões de emergência em Criciúma para traçar estratégias que visam combater o aumento dos casos de coronavírus na região. O sistema de saúde literalmente entrou em colapso.
No hospital São José de Criciúma, que é referência no tratamento do Covid-19 na região, mais uma vez não há vagas de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
"Estamos realmente muito preocupados. Hoje temos 102 pacientes internados. E os números vem crescendo cada vez mais e haverá reflexos. As pessoas precisam se cuidar. Estamos na pior fase", alerta Raphael Elias Farias, diretor do Hospital São José (HSJ).
No sábado, 28, diretores de hospitais da região estiveram reunidos com o poder executivo de Criciúma. O motivo do encontro foi literalmente pedir ajuda. Como medida paliativa a administração municipal abriu processo licitatório de emergência para contratação de empresa que vai administração do hospital de Rio Maina que vai contar com 50 leitos de apoio. "Estamos trabalhando diariamente para tentar conter essa onda. Tivemos propostas de três OS (Organização Social) para organizar o Rio Maina. Lembrando que esse será apenas um hospital de apoio. Não está especializado para atender pacientes graves com Covid-19. Lá usaremos os leitos para isolar as pessoas com sintomas. Se piorar encaminhamos para hospital que tenha UTIS preparadas para isso. O Rio Maina deve funcionar por no mínimo 6 meses", afirma o secretário de Saúde de Criciúma, Acélio Casagrande.
Acélio ainda adianta que a Federação Catarinense dos Municípios (Fecam) e o governo do estado devem se reunir durante nessa segunda-feira. "Acreditamos que serão adotadas medidas mais rígidas para contermos o crescimento dos casos de coronavírus. Esse aumento nos deixa ainda mais preocupado, pois os reflexos se darão nos hospitais. Um das medidas que estamos adotando é testar o maior número possível de pessoas e isolar o quanto antes as que tiverem com coronavírus", afirma o secretário de Saúde de Criciúma.