A segunda passagem de Kleina no Criciúma terminou de forma melancólica. O treinador chegou em meio ao Campeonato Catarinense e não conseguiu os resultados desejados pela direção e torcida: tornar o Tigre um dos favoritos ao acesso na Série B. Com o ingresso da equipe na zona de rebaixamento, depois de sofrer uma virada em casa para o Operário Ferroviário de Ponta Grossa, a situação ficou insustentável e Kleina deu adeus ao Criciúma.
Em 22 duas partidas no comando do Tigre em 2019, Kleina conquistou apenas seis vitórias. Foram seis empates e 10 derrotas. A falta de resultados foi determinante para o comum acordo entre treinador e direção. Na coletiva de despedida, João Carlos Maringá, diretor de futebol do clube, declarou que imaginava outro cenário para a saída do treinador. “Não contava com esse dia, pensava que aconteceria só lá na frente, com vitórias, de repente o Kleina dizendo que iria para um grande clube”, lamentou.
Na Série B, o Tigre conviveu com a falta de pontaria. Foram apenas 9 gols marcados, o que coloca o time como o segundo pior ataque da competição, à frente apenas do lanterna América-MG e empatado com Guarani e Vila Nova.
O cenário de mais posse de bola e finalizações propostos por Kleina não surtiu efeito. Nos últimos cinco jogos, sequência em que o Criciúma não conseguiu vencer, o time teve mais posse de bola em quatro: contra CRB, Figueirense, São Bento e Operário. No quesito, perdeu apenas para o Vitória, na derrota por 2 a 0 no Barradão. O Tigre é o segundo time na Série B com mais posse de bola.
Em finalizações, nos últimos cinco jogos o Criciúma perdeu apenas para o CRB e empatou com o São Bento. Teve mais chutes do que Figueirense, Vitória e Operário. No entanto, marcou apenas duas vezes.
Com 36,3% de aproveitamento, a segunda passagem de Kleina pelo Tigre fica bem abaixo da primeira, em 2003. No primeiro ano à frente do Criciúma, Kleina teve um aproveitamento de 44,4%, seguido de 55,5% em 2004.