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Com produção menor, minas de carvão continuam trabalhando

Com menos mineiros atuando e reforço nos protocolos de segurança, mineradoras seguem abastecendo o Complexo Jorge Lacerda

Por Denis Luciano Criciúma, SC, 19/03/2020 - 10:37 Atualizado em 19/03/2020 - 10:38
Arquivo / 4oito
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A pandemia de coronavírus atinge também a mineração de carvão. Não com suspensão de serviços, já que se trata de um segmento prioritário, o da geração de energia, mas há implicações que resultam na diminuição da atividade. 

"Além de alguns trabalhadores que foram dispensados, alguns que passaram informações a respeito de uma possibilidade de contato com pessoas que também tem suspeitas de coronavírus, é claro que são dispensados, e a produção não é a mesma em um momento desse, pois todos os protocolos de segurança e saúde são respeitados, e o tempo de lavra reduz", relatou Márcio Cabral, diretor-executivo do Sindicato da Indústria de Extração de Carvão de Santa Catarina (Siecesc). "A produção está bem abaixo do esperado", reconheceu. "Se parar totalmente, a Jorge Lacerda terá problemas para gerar energia", afirmou.

Ainda assim, não há previsão de suspensão das atividades. "Estamos tentando de toda maneira fazer com que a atividade se mantenha", referiu. "A gente já sabe que há dificuldades no Complexo Jorge Lacerda em relação aos estoques, que estão bem baixos. É preciso tomar providências, há necessidade de se respeitar muitas regras de prevenção", observou o diretor. 

Com os protocolos de segurança reforçados, há inclusive cuidados especiais em relação ao transporte dos trabalhadores. "No próprio transporte de trabalhadores é intenso o movimento, com respeito a todas as regras de segurança e saúde do trabalhador", garantiu. "Foram colocados ônibus a mais, as empresas que ainda não conseguiram devem conseguir colocar mais ainda hoje, há uma desinfeccção completa dos ônibus, que devem andar de janelas abertas, e vamos avaliar os trabalhadores na portaria da mina, com o setor médico de cada mina", contou. "Os mineiros debaixo da mina tomam o seu café por duas vezes durante um turno de trabalho. Era feito uma vez só, agora divide em duas ou três vezes, e cada vez que divide é paralisada a operação", detalhou. "Para se evitar a todo peso o contágio", completou.

Cabral lembra que o setor termelétrico está no compromisso de manter atividades já que o hidrelétrico não está com os mesmos níveis. "O Brasil não está, nesse momento, produzindo a geração que produzia, pois há falta de chuva em muitos locais, principalmente na região das represas onde se gera energia. E assim a geração de energia não está a todo vapor", arrematou.

O setor carbonífero regional conta com cerca de 2,8 mil trabalhadores na ativa.

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