Começou a falta de sinal no Balneário Rincão

Moradores do Balneário Rincão reclamam da falta de sinal nos telefones celulares. A situação parece ter virado rotina no veraneio no balneário, especialmente nos últimos anos. Com o aumento de pessoas no município, os moradores (além dos veranistas, é claro) acabam ficando com o sinal sem intensidade ou inexistente.

As queixas partem do comerciante Luiz Fernando Fraga Bernardo, morador da zona sul do Rincão. Ele atesta que, há pelo menos cinco anos, o verão tem sido de transtornos para quem precisa do sinal de celular a trabalho, como é o seu caso. 

"Para ligação, meu sinal está inexistente. Tem picos de internet 4g, mas nada estável. Eu uso o Whatsapp para trabalho e sempre fico na mão. Esse ano eles até colocaram uma antena nova, próxima ao posto de saúde, mas pelo jeito não está funcionando", reclama Luiz.

A reportagem buscou o contato com um representante comercial de uma empresa telefônica. Jonathas Roberge tem uma explicação, baseada na experiência que tem no ramo. É algo recorrente nas praias do Brasil, que acabam multiplicando o número de pessoas em um curto período de tempo. 

"No Rincão é o seguinte, todo mundo tem a mesma reclamação: é um município de cerca de 13 mil habitantes durante dez meses. Durante dois meses, essa população multplica por dez. A capacitação que as operadoras colocam, elas estipulam a média para dez meses. Até tem um ganho de sinal nos dois meses (de maior movimento), mas não consegue solucionar tudo por conta da sazonalidade ser muito grande. Em todas as praias o problema é o mesmo". A dica de Roberge para os moradores e veranistas é apostarem na contratação de internet por fibra óptica. 

O representante comercial da empresa a qual Luiz é cliente, que preferiu não ser identificado, concorda com a avaliação de Roberge. Segundo esse representante, os consumidores que se sentirem lesados devem procurar a central de atendimento da operadora, pois é a única forma das empresas conseguirem entender e, talvez, solucionar os problemas.

Assim, durante o verão, parece, por enquanto, não haver jeito. O sinal deve permanecer instável, com alguns pontos menos acessados com linha, enquanto outros, de maior aglomeração, sem. Para o morador Luiz, que depende do sinal para trabalho, fica a incerteza. "Se agora já tá assim, imagina a partir do dia 1º, quando começa a aumentar ainda mais o movimento?", questiona.