O secretário de Estado da Saúde, André Motta Ribeiro, anunciou na manhã desta sexta-feira, 15, o nome do novo superintendente de Vigilância em Saúde (SUV) de Santa Catarina. Trata-se de Eduardo Macário, que já atuou como diretor de Vigilância Epidemiológica no Governo do Estado (DIVE-SC) e estava no Ministério da Saúde nos últimos dois anos, onde atuou como diretor de Análise em Saúde.
Ao apresentar Macário para a equipe, o secretário Motta Ribeiro destacou a alta qualificação técnica do profissional, que é formado em Farmácia e possui doutorado em Epidemiologia. Ele também agradeceu o serviço prestado por Raquel Bittencourt, que deixa o cargo no fim do mês.
“O Eduardo Macário tem todas as condições para dar prosseguimento ao grande trabalho realizado pela Superintendência de Vigilância em Saúde (SUV). É um quadro extremamente qualificado, que já conhece a nossa estrutura e será muito importante para os desafios que temos pela frente, em especial a vacinação contra a Covid-19”, disse Motta Ribeiro.
Eduardo Macário salienta que, embora haja uma perspectiva real de chegada da vacina nos próximos dias, não pode haver um relaxamento da população. Ele assegura que o Estado está preparado para fazer a logística da distribuição aos municípios.
Confira abaixo uma entrevista com o futuro superintendente de Vigilância em Saúde.
Quais os desafios para essa nova função?
Eduardo Macário - O grande desafio é dar continuidade às ações que o Estado vem desempenhando nessa área, principalmente com a campanha de vacinação contra a Covid-19. Ela vai envolver os municípios e diversos profissionais. O objetivo é que tenhamos uma cobertura de vacinação alta, a exemplo do que Santa Catarina já vem realizando nos últimos anos em outras campanhas. Temos uma grande experiência na vacinação contra a gripe. O principal desafio é fazer a vacinação contra a Covid-19 e manter todas as ações de prevenção em vigilância em saúde.
Para um leigo entender: quais as funções da Superintendência de Vigilância em Saúde?
Eduardo Macário - A principal função é proteger a saúde da população catarinense com uma série de ações, que vão desde a prevenção até o controle e atenção, que inclui a questão da imunização. Especificamente sobre a Covid-19, precisamos ressaltar que será uma campanha longa e pesada, mas nós estamos preparados para assumir toda a responsabilidade na questão da distribuição e também do treinamento e capacitação. No entanto, é fundamental salientar que as ações preventivas, como o uso de máscara e a higienização frequente das mãos, sejam mantidas para evitar novos casos.
Como a sua experiência no Ministério da Saúde pode ajudar na nova função?
Eduardo Macário - Eu passei seis anos em Santa Catarina e depois fui para o Ministério da Saúde, trabalhando com doenças crônicas. Acompanhei todo o início da pandemia, com os primeiros casos no Brasil. Então, é uma experiência que pode ajudar muito aqui no Estado. Já há um alto nível de excelência em Santa Catarina, e meu objetivo é somar, ficando à disposição do governador Carlos Moisés.
Conhecer a fundo a estrutura da SES é importante?
Eduardo Macário - Sim, fiquei seis anos como diretor da DIVE. Conheço a estrutura da secretaria e as regionais. Tenho noção do grau de excelência do sistema de saúde publica, especialmente na área de vigilância, e quero contribuir.
O que cabe ao Governo do Estado na vacinação contra a Covid-19?
Eduardo Macário - A partir da autorização da Anvisa e da disponibilização da vacina, o Estado está preparado para fazer toda a parte logística, com a recepção e a distribuição para as regionais e, consequentemente, para os municípios. É fundamental também o papel do Estado no treinamento e na capacitação, além da comunicação, para informar corretamente as pessoas sobre como se dará esse processo.
Além da vacinação contra a Covid-19, há o calendário normal para outras vacinas. Como se dará esse trabalho?
Eduardo Macário - Será um grande desafio montar uma campanha de vacinação dessa envergadura. Acredito que vai ser a maior campanha já feita no mundo e, aqui em Santa Catarina, não será diferente. Contaremos com o apoio de todas as estruturas do Governo do Estado para termos sucesso. É um grande desafio, mas totalmente possível (de ser cumprido). Eu confio muito na capacidade do Estado e de todos os profissionais envolvidos. É para isso que existe o SUS.