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Coronavírus: caso confirmado em Criciúma pode conscientizar população, opina Acélio

Secretário de Saúde do município reforçou a importância do isolamento social e destacou medidas do poder público para contenção

Por Heitor Araujo Criciúma - SC, 20/03/2020 - 10:48 Atualizado em 20/03/2020 - 11:31
Foto: Arquivo / 4oito
Foto: Arquivo / 4oito

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O primeiro caso de coronavírus confirmado em Criciúma, maior cidade do Sul catarinense, era considerado questão de tempo pela secretaria de Saúde do município. O foco, de acordo com especialistas, é evitar ao máximo que haja mortes em decorrência das complicações do Covid-19. Ainda com pessoas - mesmo que poucas - circulando pelas ruas, a confirmação da primeira paciente positiva pode reforçar o sinal de alerta para a população.

É o que argumenta o secretário de Saúde Acélio Casagrande, em entrevista ao programa Agora, da Rádio Som Maior. "Acredito que vai aumentar o medo, a ansiedade, a gente tem que entender esse momento das pessoas. É natural, normal. Ajuda entrar em pânico? Não. Mas temos que ser solidários, dar conforto, fazer esse gesto de um com o outro", disse.

O secretário reforçou a necessidade do isolamento social para conter o avanço do Covid-19 no município, após ter colocado como muito provável a circulação do vírus em Criciúma. "Todo mundo tem família e está vendo o que acontece na Itália, inúmeros corpos sendo enterrados sem a família se despedir. Colocamos essa situação para que a população perceba a importância do isolamento", destacou.

Atualmente, além do primeiro caso confirmado, Criciúma tem mais de 40 ainda sob suspeita. O total de pacientes que foram enquadrados na suspeição chegou a 68, com 23 já descartados e um confirmado. Acélio assegurou que os números passados pelas autoridades estão de acordo com a realidade apresentada.

"Transparência total. Conversamos com a secretaria estadual e as informações são fidedignas. Pode ter mais caso do que o divulgado, mas são casos que ainda não foram detectados ou que foram colocados ainda como suspeitos", sustentou o secretário.

Chegam denúncias da população sobre irregularidades em aglomerações de pessoas, contrariando a orientação e determinação dos governos estadual e municipal. Um ouvinte da Som Maior informou que passou por um velório com mais de 30 pessoas e outro disse que avistou de cinco a dez pessoas, possivelmente moradores de rua, bebendo em frente ao terminal central.

"Não dá, não pode. Tem gente que ainda não está levando a sério. Pessoas ainda acham que estão de férias, que não é sério, que só acontece com os outros. Tem que ter essa conscientização", respondeu Acélio. O secretário assinou um decreto na quinta-feira regulamentando os velórios: no máximo dez pessoas por vez e duração máxima de cinco horas.

Primeiro caso

O primeiro caso confirmado do Covid-19 em Criciúma saiu na manhã desta sexta-feira. Uma mulher de 37 anos, que esteve em Orlando, nos Estados Unidos, e retornou para Criciúma há dez dias. Ela está em isolamento residencial, de acordo com familiares foi respeitada a determinação, e em bom estado de saúde. Acélio explicou porque a paciente está em recuperação caseira.

"A internação hospitalar é orientada somente em casos graves, agudos. Quanto menos as pessoas estiverem em uma unidade de saúde, hospital ou centro de triagem, menor é a chance de contaminação. Essa é a orientação, quando possível ficar em casa. O tratamento em casa ou no hospital é o mesmo", esclareceu.

O país convive com a pouca disponibilidade de testes para o coronavírus. Assim, eles devem ser aplicados somente em quem apresenta os quadros mais delicados. "Provavelmente não terão mais que esperar por exames (os pacientes de quadro leve), porque não será feito. Será colocado como suspeito e em isolamento. Tem um teste rápido que estamos tentando comprar, que dá em dez minutos para os funcionários da saúde utilizarem quando acharem os casos mais graves", disse Acélio.

"Quero agradecer todos os profissionais de saúde que estão na linha de frente. Nosso reconhecimento pela coragem e o que estão fazendo nesse momento. Precisamos que continuem com essa coragem", concluiu o secretário. 

Tags: coronavírus

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