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Covid-19: Amin se diz perplexo com falta de medicamentos no estado

Senador participou de reunião virtual que tratou do assunto nesta segunda-feira

Por Marciano Bortolin Florianópolis, SC, 13/07/2020 - 17:56 Atualizado em 13/07/2020 - 18:02
Foto: Arquivo / 4oito
Foto: Arquivo / 4oito

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Uma reunião entre parlamentares e representante do Ministério da Saúde tratou da falta do chamado kit anestésico para pacientes com coronavírus que necessitam da utilização de respiradores. Durante o encontro, um que demonstrou indignação com a falta do medicamento em Santa Catarina foi o senador Esperidião Amin (PP). A audiência interativa foi realizada para tratar da situação da pandemia no estado de Santa Catarina e foi organizada pelaComissão Externa de Enfrentamento à Covid-19. 

O parlamentar, inclusive, disse que tratou do assunto diretamente com o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), durante a sua visita ao estado no dia 4 de julho. “Quando o presidente da República esteve em Santa Catarina, no dia 4, eu tinha na véspera, e comuniquei a deputada Carmem Zanotto, procurado o ministério especificamente sobre o assunto kit anestésico de entubação. Fiz o pedido pessoalmente ao presidente no dia 4 de julho e tinha comigo ofício da Secretaria de Saúde ao CONAS, datado de 8 de junho e assisto hoje, sem saber ainda a data que este kit anestésico estará disponível nos hospitais de Santa Catarina, e claro que esta compra tem que ser feita pelo Governo Federal. Esta compra não pode ser feita pela Secretaria de Saúde neste momento, A compra é internacional. É o Governo Federal que tem que ter a logística, que não teve com os respiradores. Fico espantado, perplexo em participar de uma reunião que não tem uma data para que Santa Catarina receba os anestésicos”, falou Amin, demonstrando a sua indignação.

O senador também disse que vai pedir à comissão que acompanha a situação da Covid-19 que sejam chamados de novo os representantes do Ministério da Saúde para explicar como é esta logística. “Estou perplexo e indignado com este exemplo que ilustra bem o que estamos vivendo em termos de empurra para um, empurra para outro. Eu quero saber quando Santa Catarina vai receber os kits anestésicos”, enfatizou.

Falta documento do Estado

Participando do encontro online, o secretário de Atenção Especializada em Saúde (SAES), Luiz Otávio Franco Duarte, explicou como está a situação e como o Ministério da Saúde vem tratando. “Estamos requisitando administrativamente toda a indústria nacional., todo o excedente desta medicação está sendo requisitada e distribuída em todo o Brasil. Falou como está o estoque, nós estamos enviando para o estabelecimento de saúde. Esta droga não é como o ventilador que é simples colocar no leito de UTI, mas depende de várias combinações para poder fazer a entubação. Prefiro de um nível de segurança de outras drogas. Não adiante mandar o relaxante muscular, se não mandar o anestésico, o sedativo, este tripé tem que andar junto. Estamos requisitando 100% do excedente da indústria nacional”, revelou.

Ele falou ainda especificamente sobre os estados do Sul do país. “Sobre os estados do Sul, fizemos um acordo com o Uruguai. Santa Catarina só falta o documento justificando o motivo pelo qual não tem o medicamento. Não vou falar em critério de milhões que estão no fundo nacional de saúde do Estado. Temos milhões parados em Santa Catarina. É uma preocupação do Ministério da Saúde até mesmo em como gastar o recurso”, concluiu.

Na mesma reunião, que teve a participação do secretário de Estado da Saúde, André Motta Ribeiro, do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello e de representantes dos hospitais filantrópicos, das secretarias municipais da saúde e da Federação Catarinense de Municípios (Fecam). 

O ministro Pazuello avaliou que a doença tem se espalhado mais rapidamente nas últimas semanas pelos Estados do Sul e do Centro-Oeste do Brasil e afirmou que o Governo Federal entregará até a quarta-feira desta semana mais 240 monitores para equipar leitos de UTI. Juntamente com os respiradores comprados pelo Governo de Santa Catarina, eles permitirão a  ativação de novos leitos para o enfrentamento à Covid-19.

Na reunião, André Motta afirmou que o Estado vive um momento delicado no combate à pandemia, com um aumento exponencial de casos e destacou o esforço em ampliação dos leitos. Outro assunto abordado pelo secretário foi a dificuldade na compra de medicamentos para intubação de pacientes, cujos estoques estão em nível crítico. O secretário nacional de Atenção Especializada à Saúde, Luiz Franco Duarte, comprometeu-se para que o Ministério faça uma compra internacional de medicamentos no Uruguai.
“O saldo bastante positivo dessa reunião é a vontade de todos, especialmente do Governo do Estado, de estabelecer um diálogo para a construção de um sistema de saúde seguro para a sociedade catarinense. Hoje foi pactuado que, apesar de diferenças, vamos todos trabalhar juntos para que se ofereça mais oferta de serviços de saúde ao cidadão. Também é importante destacar que, após mais de 40 dias de discussões, o Ministério da Saúde entendeu a responsabilidade e a necessidade da compra centralizada de alguns insumos para esse enfrentamento, especialmente o kit intubação”, destacou o secretário. 

Ao fim da reunião, André Motta respondeu a dúvidas de prefeitos e parlamentares sobre as ações do Estado frente à pandemia, tais como a ampliação de quase 600 leitos de UTI realizada desde março. O encontro foi mediado pela deputada Carmen Zanotto e organizado pela Comissão Externa da Câmara dos Deputados.
 

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