Criciúma chegou no seu pico de internações por conta do novo coronavírus. No Hospital São José, via Sistema Único de Saúde (SUS), os 28 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) habilitados para tratamento da doença já estão ocupados. Na Unimed, no entanto, apesar do alto número de internações, a situação ainda está sustentável - segundo afirma o presidente da cooperativa em Criciúma -, Leandro Avany Nunes.
"Hoje na Unimed temos cinco pacientes na UTI e 26 na enfermaria, é o nosso maior número de internados em enfermaria. Nós seguimos um protocolo de internações mais precoce, e podemos fazer isso por ter um número de leitos a atender uma população menor, cerca de 80 mil clientes", declarou Leandro.
A Unimed segue um protocolo de internação mais rígido, em que qualquer sintoma ou alteração pulmográfica precoce já faz com que o paciente seja internado. "Na saúde complementar está com alto índice de internação, mas ainda está totalmente sustentável. As pessoas vão ficar doentes, mas vamos ter que ter saúde para aguentar essa demanda", ressaltou.
Aumento de atendimentos por conta do frio
A chegada de um frio mais intenso na região fez com que aumentasse o número de atendimentos por conta de doenças respiratórias, associadas ao Covid-19. "Aumentou muito a demanda. Tínhamos, depois que encerramos o centro de campanha, em média de 20 ou 30 atendimentos específicos de doenças respiratórias. Nesse fim de semana chegamos a 128 em um dia", pontuou.
Quando um paciente vai para UTI
De acordo com Leandro, os pacientes que vão para UTI são aqueles que necessitam de atenção 24 horas, com uma equipe de médicos, enfermeiros ou técnicos em enfermagem focados no paciente. "No quarto ocorrem as visitas dos médicos, que passam de manhã, tarde e noite, sem necessdiade de atenção intensiva. Na UTI é quando o paciente necessita de atenção intensiva de grupo de saúde", disse.