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É de Criciúma uma das responsáveis pela elaboração do diagnóstico molecular, assim como o PCR, sendo possível detectar a Covid-19 já nos primeiros dias de infecção. A professora de Genética da Universidade Federal de Santa Catarina (Ufsc), Luísa Damazio Rona, juntamente com o pesquisador em Saúde Pública da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), André Nóbrega Pitaluga, foi capaz de desenvolver o teste de modo ainda mais simples, rápido e barato. Todo o processo leva cerca de 40 minutos e custo de no máximo R$ 30. A pesquisa já foi concluída e até o final do mês, será encaminhada a documentação com o pedido de autorização à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para a aplicação.
Durante a pesquisa, foram realizados mais de 1,6 mil testes. De acordo com Luísa, a ideia surgiu após ouvirem a reclamação de um casal de vizinhos, que alegava ter gasto mais de R$ 300 no teste do tipo PCR, sendo que o resultado sairia após três dias. "Na hora o André já disse que faria em 30 minutos", lembrou. Nóbrega afirmou que já vinha desenvolvendo projetos no sentido de diagnóstico e, por isso, sabia que era viável. "Foi dali, naquela conversa, que surgiu a ideia do projeto", disse.
Depois da conversa, o grupo começou a crescer, com a adesão de mais engenheiros e professores. A pesquisa foi uma colaboração entre Fiocruz, Ufsc e Instituto Federal de Santa Catarina (Ifsc). Também houve a participação do Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) e das prefeituras de Florianópolis e de Tubarão.
Como funciona o novo teste
O teste pode utilizar tanto a saliva quanto o swab nasal. Após a coleta da amostra, é purificado o RNA utilizando um cassete plástico que foi desenvolvido para o diagnóstico. Depois, esse material é adicionado a uma reação chamada RT-LAMP, capaz de detectar em 30 minutos se há SARS-CoV-2 nas amostras. Essa detecção funciona a base de cor, sendo rosa as amostras negativas e amarela as positivas para Covid-19. Todo o processo leva cerca de 40 minutos e custo no máximo 30 reais.
Confira a entrevista na íntegra:
