Com a chegada do verão e das festas de fim de ano, especialistas da área da saúde passaram a projetar um novo aumento de casos do novo coronavírus em praticamente todo o país. De acordo com o secretário de Saúde de Santa Catarina, André Motta Ribeiro, esse aumento já é perceptível em alguns ambientes, mas ainda não se iguala a grande crescente que foi vista nos últimos meses no estado.
“Começamos a perceber nos últimos dias, e já tínhamos alertado de que quando entrássemos na segunda quinzena [de janeiro] teríamos de novo um pico de casos. Em alguns ambientes já se percebe claramente o aumento, mas ainda não chegamos àquele patamar do fim de novembro. Infelizmente há essa perspectiva, mas gostaríamos que não acontecesse”, pontuou o secretário.
Nesta terça-feira, Santa Catarina registrou mais de 3,5 mil casos de Covid-19. O número ainda é inferior ao que vinha se registrando no pico, no início do mês de dezembro. Enquanto isso, nas últimas semanas, o número de novos registros da doença vem diminuindo significativamente no estado.
Chegada da vacina
O Governo do Estado segue alinhado com o Ministério da Saúde (MS) para cumprimento do Plano de Vacinação contra a Covid-19. Segundo André, atualmente a previsão mais otimista de início da vacinação é a partir de 20 de janeiro, sendo que o calendário mostra que até o último dia do mês as vacinas deverão estar sendo distribuídas para todo o país.
“Assim que chegar a vacina em SC nós estaremos preparados para iniciar a vacinação imediatamente. Mas ainda há uma dependência da questão de descentralização dos insumos, toda uma controversa em relação a qual vacina será, me parece que será a Coronavac de fato. Estamos aguardando o MS, prontos, com os municípios já organizados temos onde armazenar e temos toda a logística sendo finalizada”, destacou.
Novos leitos no sul do estado
A Secretaria de Saúde segue em negociação com hospitais da região para possível abertura de novos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no sul catarinense. De acordo com o secretário, há um planejamento bem concreto com Criciúma em relação a implementação de leitos de terapia intensiva no Hospital do Rio Maina.
“Ali temos condições de colocar 10 leitos. Não foram ativados ainda porque não há necessidade neste momento, mas temos equipamentos e infraestrutura. Outra possibilidade mais é remota é o Hospital de Nova Veneza, mas se necessário for, iremos ativar também”, ressaltou o secretário.