O prefeito Clésio Salvaro decidiu, na noite desta quinta-feira, 26, pela decretação de situação de calamidade pública em Criciúma. A decisão foi tomada em reunião que contou com representantes da área médica da cidade, tendo por razão o avanço da pandemia de Covid-19.
Em nota, o Município comunicou que "diante do aumento de casos de Covid-19 e lotaçao dos hospitais, e devido à necessidade de monitoramento permanente da pandemia e elevação dos gastos públicos para proteger a saúde da população, com adoção de medidas drásticas para a contenção do vírus, o Executivo se vê obrigado a decretar Situação de Calamidade Pública no âmbito municipal".
Na véspera, em entrevista coletiva, o prefeito Salvaro havia adiantado que "não haverá lockdown em Criciúma", mas não deixou de expôr sua preocupação com os números elevados da pandemia, com manutenção do índice de 100% da lotação das Unidades de Terapia Intensiva (UTI) com pacientes de Covid-19, bem como a grande quantidade de leitos de enfermaria ocupados também por conta do coronavírus.
Participaram da reunião que definiu pelo decreto de calamidade pública o presidente da Associação dos Municípios da Região Carbonífera (Amrec), o prefeito de Cocal do Sul Ademir Magagnin; os diretores dos hospitais São José, Raphael Elias Farias, e da Unimed, Leandro Avany Nunes; além do vice-prefeito Ricardo Fabris, do secretário de Saúde Acélio Casagrande e da reitora da Unesc, Luciane Ceretta.
Foi determinado, ainda, que o Centro de Retaguarda do Rio Maina (antiga Casa de Saúde) vai dar suporte aos hospitais e à população. No espaço existem 90 leitos ao dispor para internar pacientes, sem estrutura de UTI mas com condições de isolamento e de acompanhamento de enfermagem. Os detalhes do funcionamento do Centro de Retaguarda para reforçar a oferta de leitos para pacientes de Covid-19 serão anunciados nesta sexta-feira.
Também nesta sexta, às 15h, os prefeitos atuais e eleitos da Amrec vão participar de uma reunião na qual serão tratadas ações conjuntas pelos doze municípios para busca de controle da pandemia.