As notícias envolvendo o coronavírus no sul do estado são cada vez mais alarmantes. Em hospitais de referência no combate a doença, como é o São José em Criciúma, a lotação máxima já deixou de ser uma novidade.
Autoridades e gestores municipais não escodem a gravidade da situação e alertam que a Saúde entrou em colapso.
Para o pneumologista, Renato Matos, muitas pessoas estão ignorando a gravidade e medidas mais enérgicas devem ser adotadas. "Temos que adotar a teoria do martelo e da dança. Nos momentos mais críticos usamos o martelo e nos momentos mais estáveis dançamos. Mas as pessoas estão dançando em uma situação crítica. Pelo desrespeito às medidas sanitárias vamos pagar um preço muito alto."
Reincidência
O médico ainda alerta que muitas pessoas relatam querer pegar o vírus para ficarem imunes, mas casos recentes apontam que isso não é possível. "Tem pessoas pegando novamente o coronavírus três ou quatro meses depois. Então é muito errado pensar que pegou pode sair desrespeitando as medidas. Quem pegou pode sim pegar novamente."
Por ser uma doença imprevisível o especialista deixa um alerta. "Não conhecemos todos os segredos e por isso temos que ficar de olho. 80% das pessoas terão sintomas leves ou nem terão sintomas. Mas temos casos em que jovens ficam muito mal e alguns vão a óbito. Tem que sempre acompanhar a falta de ar. Esse é um dos indicativos que apontam que a doença está se agravando".