O transporte coletivo está de cara nova em Criciúma. Passageiros já podem notar, faz alguns dias, que há uma nova marca plotada nos ônibus. Trata-se da CriBus, fruto de um consórcio que une as empresas que já respondem pela prestação do serviço nas ruas e bairros da cidade.
A marca CriBus representa o novo Consórcio Criciumense de Transporte Urbano (CCTU), que assume o lugar da antiga Associação Criciumense de Transporte Urbano (ACTU). Na prática, a ACTU ainda existe, mantendo seu site no ar e continuando a gestão das linhas de ônibus na cidade.
Porém, a mudança de ACTU para CCTU começou a ser oficializada em maio de 2021, quando foi assinado o contrato entre a prefeitura e o novo consórcio. Na prática, essa alteração não representará mudanças para os usuários do sistema.
No edital, tarifa de R$ 4,24
O extrato do contrato foi publicado pelo Diário Oficial da União (DOU) em 18 de maio do ano passado, prevendo valor de outorga oferecido pelo CCTU de R$ 20,4 milhões, R$ 400 mil a mais que os R$ 20 milhões exigidos quando da licitação. O prazo de contrato é de 25 anos.
Consta no edital, ainda, que o critério determinante para o resultado da concorrência foi o valor da tarifa de remuneração. O CCTU ofereceu proposta de R$ 4,24, apenas 1 centavo a menos que o valor máximo previsto no edital, de R$ 4,25. A destacar que a tarifa atualmente cobrada dos passageiros, reajustada no fim de janeiro, é de R$ 4,45 no Criciúmacard, R$ 3,34 para professores e R$ 2,22 para estudantes.
O sistema conta com 67 linhas em operação. O CCTU é formado pelas empresas Auto Viação Critur Ltda; Expresso Coletivo Forquilhinha Ltda; Expresso Rio Maina Ltda; e Zelindo Trento e Cia Ltda – ZTL.
Veja abaixo o contrato publicado pelo DOU:
O histórico recente
O sistema de transporte coletivo encarou uma dura realidade durante a pandemia de Covid-19. Em 19 de março de 2020 ocorria a primeira suspensão, que se arrastou por meses e levou as empresas a grandes dificuldades para manter seus trabalhadores. Essa paralisação dos ônibus vigorou de março a junho. Na retomada, o primeiro dia acusou apenas 4 mil passageiros em um sistema que já chegou a transportar 55 mil pessoas. O então presidente da ACTU, empresário Everton Trento, argumentava que os passageiros transportados "não pagavam a conta do óleo diesel" de tão poucos que eram.
Houve uma breve retomada e nova suspensão dos serviços a partir da segunda quinzena de julho, que se arrastou por várias semanas. Essa volta da paralisação apanhou a ACTU de surpresa. Em setembro de 2020, já com duas semanas de volta definitiva do transporte coletivo, os números de passageiros seguiam tímidos. O sistema atualmente pouco ultrapassa os 32 mil usuários/dia, ainda bastante abaixo do teto já alcançado em outras épocas.