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Criciumense com coronavírus fala sobre sintomas e contaminação

Agatha Bez Fontana está em quarentena em Lyon, na França, onde contraiu o vírus

Por Paulo Monteiro Lyon - França, 17/03/2020 - 09:07 Atualizado em 17/03/2020 - 10:35
Foto: EFE / EPA / Ian Langsdon
Foto: EFE / EPA / Ian Langsdon

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Foi divulgado na tarde desta segunda-feira, 16, a confirmação da primeira criciumense com o coronavírus. A advogada Agatha Bez Fontana, de 28 anos, está na cidade francesa de Lyon, onde trabalha e estuda, e foi lá onde acabou contraindo o vírus. Em entrevista ao programa Adelor Lessa desta terça-feira, Agatha contou como está a sua saúde e como aconteceu esta contaminação. 

“Já tinham muitos casos de Coronavírus na Itália, que são nossos vizinhos aqui da França. Como moro em Lyon, são apenas 1h30 de lá, e a gente não deu muita atenção para isso, ficamos com medo, mas sem dar a devida atenção”, comentou a advogada.

Agatha destaca que ainda na quinta-feira da semana passada começou a ter uma respiração mais pesada, mas acabou não ligando muito para isso, acreditando que era apenas uma crise de ansiedade. Depois, começou a sentir uma forte dor de cabeça atrás dos olhos - algo que não era apontado como um dos sintomas do coronavírus.

Ainda sem febres, mas com calafrios, Agatha começou a ter tosses. “Pensei que a tosse era algo comum porque eu tinha corrido muito para pegar o trem, algo do cansaço. Tem vários pequenos sintomas que não damos tanta atenção e lá pelo sábado ou domingo comecei a perceber que tinha algo errado”, comentou.

Neste meio tempo, a advogada ainda ia para aula e para o trabalho através de transportes públicos, mas com algumas precauções. “Na sexta-feira eu fui pra aula mas não tinha encontrado em ninguém e nem dava ‘oi’ para ninguém. Na segunda, quando eu cheguei no trabalho, falei para ninguém encostar nos meus equipamentos, nem caneta e nem grampeador, nada. Já tomando cuidado, não cheguei nem a encostar na impressora”, ressaltou.

Quando voltou do trabalho, na segunda-feira, percebeu que não respirava bem e que estava com febre - foi então que acionou o serviço de saúde francês. “Meu namorado ligou para o ‘SAMU’ e eles nos orientaram para não irmos ao hospital. Então marcamos um horário com um médico especializado em uma das pequenas clínicas de bairro, próximo da minha casa”, disse.

Durante a consulta o médico constatou que ela estava com uma bronquite aguda, além da tosse, e dada as devidas circunstâncias de ela não possuir tal doença antes e nem ser fumante, não haveria outro diagnóstico possível se não o coronavírus. Mesmo com a confirmação da clínica, a confirmação não veio diretamente do Estado francês.

“Eu não fiz o teste positivo do coronavírus no Estado porque acho que poucas as pessoas terão o ‘privilégio’ de fazer isso, não tem condição de todo mundo fazer esse teste. Para fazer esse exame, tem de estar muito mal já indo para o hospital”, comentou a advogada.

Apesar da confirmação, Agatha destaca que está relativamente bem e que não se enquadra no grupo de risco, já que possui apenas 28 anos, não fuma e nem nada. “Na questão de sintomas, há gripes que te deixam até mais cansado. Estou de quarentena, assim como toda a França depois do decreto do presidente Macron, dado ainda ontem para ninguém sair de casa”, afirmou.

Ouça a entrevista da criciumense direto da França:

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