Ex-prefeito do Rio de Janeiro, o deputado federal Marcelo Crivella (Republicanos-RJ) acredita que a reforma tributária foi um passo positivo para a economia brasileira. Em entrevista à Som Maior nesta sexta-feira (4), o parlamentar falou sobre a proposta, a relação do seu partido com o Governo Lula e a PEC que prevê imunidade tributária para templos religiosos.
Ouça a entrevista na íntegra:
"Não quer dizer que nós vamos fazer uma oposição raivosa, radical. Aquilo que for bom para o país nós vamos votar. Mas há certos valores, como a defesa da vida, da liberdade religiosa, do empreendedorismo, da família. Essas coisas são muito importantes para o meu partido e tenho impressão que isso não são bandeiras da esquerda. E nós não abriremos mãos", avaliou.
Para Crivella, apesar de um começo difícil por conta do confronto entre "lulistas e bolsonaristas", no entanto, com o passar do tempo, o cenário foi amenizado. "Depois, a coisa foi esfriando e nós conseguimos votar uma reforma tributária, que foi importante. Ela não é perfeita e está sendo aperfeiçoada no Senado Federal. Acredito que é um passo importante para o Brasil voltar a produzir empregos e renda", afirmou.
Imunidade tributária
De autoria de Crivella e outros deputados, a PEC 5/2023 (Proposta de Emenda à Constituição) amplia a imunidade tributária conferida a templos religiosos e a partidos políticos. Atualmente, a Constituição prevê que a imunidade tributária vale para o patrimônio, a renda e os serviços relacionados com as finalidades essenciais dessas entidades.
"Nós pretendemos, agora, fazer com que a imunidade, prevista em todas as constituições, realmente, se realize na prática. Quando a Igreja comprar qualquer coisa para o seu patrimônio, areia ou tijolo para construir ou reformar, ou para a sua atividade, microfone ou caixa de som, ela paga o imposto na nota fiscal e depois recebe de volta", explicou o parlamentar.