O deputado federal Daniel Freitas (PL), assim como os outros criciumenses Júlia Zanatta (PL) e Geovania de Sá (PSDB), votou contra a manutenção da prisão preventiva do deputado Chiquinho Brazão (sem partido), acusado de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora carioca Marielle Franco (PSOL) e do motorista dela, Anderson Gomes.
“O fato é que o artigo 53 da nossa Constituição é cristalino. Ele diz que os membros do Congresso Nacional, ou seja, deputados e senadores, eles não poderão ser presos a não ser que seja um flagrante de um crime inafiançável, que não foi o caso do Brazão”, afirmou Daniel Freitas. “Enquanto não houver uma condenação, ele não pode ser preso. É a lei, é o que está escrito”, pontuou.
O criciumense concedeu entrevista nesta sexta-feira (12) ao programa Adelor Lessa, da rádio Som Maior. Ouça, abaixo, na íntegra:
Daniel disse não conhecer Brazão e nunca tê-lo visto na Câmara dos Deputados. O parlamentar também argumentou que não defende a impunidade nesse caso. “Se comprovar, claro, se ele for condenado, que ele apodreça na cadeia. Pode jogar ele dentro de uma cela lá e jogar as chaves fora, Mas um sujeito que é capaz de mandar matar e executar friamente duas pessoas inocentes, com certeza, na minha opinião, ele vai ter que cumprir a sua pena”, continuou.
“Eu defendo uma nova constituinte. Inclusive, o deputado e meu amigo Luiz Philippe de Orleans e Bragança vem brigando desde a legislatura passada. Eu concordo com ele. Mas enquanto não houver, nós temos que seguir o que está escrito na lei”, continuou Daniel.