Às vésperas de completar um ano e sete meses da sua inauguração - ela foi entregue aos criciumenses em 28 de abril de 2019 - a Rua da Gente - a José Henrique Mezzari, rente ao Parque das Nações - é um case de sucesso. Se consolidou como ponto de encontro e espaço de eventos, embora a pandemia de Covid-19 esteja, naturalmente, restringindo as concentrações públicas.
Em seus 500 metros de asfalto, ligando as avenidas Centenário e Gabriel Zanette e contando com arquibancada para mil pessoas, a Rua da Gente já foi palco de desfile cívico, concentração para movimentos e protestos além de eventos esportivos. Mas, nos últimos tempos, um outro uso vem chamando a atenção e fazendo reforçar a segurança na região.
"Acontece que em alguns fins de semana estão havendo concentrações nas madrugadas que não são as mais adequadas", contou o fiscal da Fundação de Meio Ambiente de Criciúma (Famcri), Valmir Gomes. "Alguns estacionam seus carros ali, abrem os porta-malas com sons a todo vapor e ficam reunidos, bebendo, promovendo algazarra na madrugada. Em algumas vezes, são carros dos dois lados, vários, muitos, com som alto nas madrugadas", observou. "Já fomos acionados algumas vezes, estivemos ali fazendo operações e, de fato, constatamos os excessos", afirmou o fiscal.
Até multas já foram emitidas contra essas pessoas que aglomeraram na Rua da Gente. "Tem a questão da pandemia, claro, mas tem também a perturbação do sossego. Um som alto ali chega nos bairros vizinhos, na Próspera, no Ceará, no São Cristóvão. Já recebemos muitas reclamações e, sempre que acionados, estamos indo ali, e continuaremos agindo até que essa prática pare", reforçou Gomes. "Já multamos e até guinchamos carros ali algumas vezes", sublinhou.
"Não é proibido usar a Rua da Gente em qualquer horário para estacionar, conversar, mas não para promover desordens nem ficar com som alto e aglomerando por ali", orientou o representante da Famcri.
Em contrapartida, as aglomerações em postos de combustíveis, que vinham sendo problemas frequentes por conta de excessos em Criciúma, sofreram uma queda abrupta. "Com as regras resultantes da pandemia e o cuidado redobrado dos postos, conseguimos resolver isso", completou o fiscal.