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Delegacia de Pessoas Desaparecidas de SC já solucionou milhares de casos

Criada em 2013, a DPPD de Santa Catarina trabalha atualmente com cerca de 1500 pessoas desaparecidas

Por Paulo Monteiro Criciúma, SC, 18/12/2019 - 10:38 Atualizado em 18/12/2019 - 10:43
Foto: Vitor Netto
Foto: Vitor Netto

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O desaparecimento de crianças, adolescentes e adultos é algo que atinge diretamente muitos familiares, amigos e conhecidos todos os dias. Desde 2013, Santa Catarina conta com uma delegacia especializada e voltada para a investigação de desaparecidos que, apesar de estar localizada em Florianópolis, realiza atendimentos e operações por todo o estado. 
 
Desde que foi fundada, a Delegacia de Polícia de Pessoas Desaparecidas (DPPD) ajudou, e muito, a diminuir a quantidade de desaparecidos no estado. Segundo o delegado da DPPD, Wanderley Redondo, este número, que durante muito tempo só aumentava, atualmente está abaixo de dois mil. 
 
“Quando inauguramos nossa delegacia tínhamos em torno de 18500 pessoas que constavam como desaparecidas. Em seis anos, acrescenta-se mais 14 mil pessoas - um total de 32 mil desaparecidos. Hoje em dias estamos com aproximadamente 1500 casos: 15 crianças, 252 adolescentes e 1258 adultos no estado”, comentou. 


 
O delegado destaca também o fato de que há vários fatores que podem levar uma pessoa a desaparecer, os quais costumam estar sempre ligados a conflitos familiares - que abrangem tanto crianças e adolescentes quanto adultos. “Muitos adolescentes, naquele período da vida em que não aceitam uma ordem paternal, acabam saindo de casa por brigas e outros motivos. Dentro disso, também temos os casos de abusos sexuais, muitas vezes cometidos por familiares e que fazem com que os adolescentes deixem suas casas e desapareçam”, afirmou Wanderley.
 
O contato e o uso excessivo de drogas e álcool também faz com que muitas pessoas desapareçam e deixem os seus lares, indo parar, muitas vezes, nas ruas. Pensando nisso, a DPPD vem realizando o trabalho de cadastramento de pessoas em situação de rua, já que muitos desses encontram-se desaparecidos. Sendo assim, a delegacia aguarda a possibilidade de que esse cadastro possa ser feito a nível federal, facilitando a identificação de desaparecidos entre os estados. 
 
Além disso, Wanderley ressalta um grande problema que atinge a delegacia: a falta de confirmação de familiares sobre o reaparecimento de pessoas. “Este trabalho de entrar em contato com os familiares e realizar buscas é intenso. Nós da delegacia nunca deixamos nenhum caso de lado, estamos sempre em contatos com outros estados e em buscas de informações. E é por isso que precisamos que os familiares nos confirmem quando algum desaparecido retorna para casa”, concluiu o delegado.
 
Juntamente com a DPPD, atua o Portal da Esperança - que estará na região nos próximos dias, realizando um trabalho de orientação e prevenção para desaparecimentos, atuando principalmente em escolas. 
 

Tags: DPPD

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