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Delegado detalha ação da polícia nos primeiros momentos do assalto

Segundo Ulisses, dinheiro deixado pelos criminosos pode ter sido "cortina de fumaça" para confundir as autoridades

Por Paulo Monteiro Criciúma - SC , 02/12/2020 - 10:19 Atualizado em 02/12/2020 - 10:20
Foto: Guilherme Hahn / 4oito / Especial
Foto: Guilherme Hahn / 4oito / Especial

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O assalto a agência do Banco do Brasil no centro de Criciúma na madrugada de terça-feira, 1, segue rendendo investigações por parte dos policiais e inúmeras declarações sobre as ações efetivas realizadas no momento do crime. Em entrevista ao programa Agora desta quarta-feira, o delegado da Polícia Civil, Ulisses Gabriel, contou como foram os seus passos na ação ainda de madrugada, e afirmou que os criminosos utilizaram de uma “cortina de fumaça” para distrair as autoridades.

O delegado conta que foi informado por volta de meia noite de que o Batalhão da Polícia Militar estaria sendo alvejado por criminosos. No mesmo momento, acionou o delegado Vitor Bianco Júnior e solicitou reforços da Polícia Militar para que fossem feitas diligências sobre a situação. Foi então Ulisses soube que o centro da cidade estava sendo tomado.

“Eu estava com uma carabina .556 e usando um colete. Então descemos pela Desembargador Pedro Silva, porque havia a informação de que eles iriam atacar a Prosegur. Chegamos lá, fizemos o monitoramento e continuamos a pé ao centro da cidade, porque chegar de carro naquele momento poderia fazer com que fossemos surpreendidos por criminosos em prédios”, contou.

Foi durante a varredura a pé que os policiais perceberam que os criminosos já haviam fugidos e, pelas ruas, estavam espalhadas diversas notas de R$ 10, as quais estavam sendo coletadas por parte da população.

“Quando chegamos eles estavam saindo e chegando indivíduos para praticar furtos de dinheiros que ficaram para trás. Entendo que foi uma forma de criar uma cortina de fumaça na rua, para que a população pegasse o dinheiro e nos confundissem”, declarou o delegado.

Explosivos e a situação do Banco do Brasil 

Segundo Ulisses, cerca de nove policiais fizeram a segurança da agência bancária para evitar que os explosivos que ali estavam fossem acessados por parte da população. De imediato, os policiais acionaram a divisão de sequestro e o grupo COBRA para fazer o desarmamento dos explosivos. 

“Constatamos que de fato ali era a tesouraria regional do Banco do Brasil, onde fica concentrado recursos de várias agências bancárias. Foram dois ou três explosões no interior do banco. Explodiram a primeira porta que dá acesso após a porta de garagem, e a outra cortaram com maçarico. A porta do cofre também foi explodida, e os criminosos dimensionaram bem a quantidade de explosivos do local, porque poderiam ter colocado o local abaixo. Explodiram a porta principal do cofre e acessaram o local, foi uma ação muito bem orquestrada”, afirmou.

O delegado destaca ainda que é preciso fazer a verificação, mas em um primeiro momento não aparenta ter ocorrido um abalo da estrutura do prédio. Em relação aos explosivos, todos foram desarmados e explodidos, sendo que haviam dois tipos: alguns conectados a telefones celulares e, outros, à rádios portáteis. 

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