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Depois de morte por dengue, alerta é reforçado em Criciúma

Município registrou o primeiro óbito pela doença em 2022. Equipe da prefeitura esteve na casa da vítima

Por Denis Luciano Criciúma, SC, 31/01/2022 - 18:31 Atualizado em 31/01/2022 - 18:35
Arquivo / 4oito
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Criciúma registrou a primeira morte de 2022 por dengue em Santa Catarina. A causa do óbito foi confirmada na última sexta-feira (28) pela Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive). A vítima foi um homem de 40 anos, casado e pai de dois filhos, de 8 e 13 anos, e morador do Bairro Morro Estevão. Ele contraiu a dengue em uma viagem para fora do Estado.

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"Recebemos do Setor de Agravos que esse paciente estava com suspeita de dengue. Toda suspeita, a equipe, os agentes de endemia fazem o monitoramento, as visitas em volta do local onde o paciente mora e a residência dele, para ver se no local onde ele reside tem algum recipiente que possa conter esse mosquito. Até então, ele era suspeito. É feito todo o mapeamento, todas as visitas nas casas em volta, por segurança", comentou a coordenadora do programa de combate à dengue e do Centro de Zoonoses de Criciúma, Simone da Cruz, em entrevista ao programa Ponto Final na Rádio Som Maior, nesta segunda-feira (31).

"No momento que a equipe foi no local ele já estava internado, nós fomos atendidos pela esposa dele, fomos bem atendidos, a gente faz um passo a passo, por onde ele passou, onde poderia ser a possível contaminação. Ela relatou onde ele esteve, o momento no qual passou mal, a gente fez toda a investigação e ficamos aguardando a melhora desse paciente", destacou. "Pelos relatos que a esposa passou, ele já estaria entrando no quadro gravíssimo", completou. O homem faleceu no último dia 15 com a confirmação do diagnóstico de dengue hemorrágica.

Quatro focos

Criciúma está com quatro focos identificados de mosquitos da dengue desde o início do ano. "Isso nos preocupa", acentuou Simone. Ela ressaltou as providências que vem sendo tomadas. "Realizamos vistorias de armadilhas que instalamos por toda Criciúma, em todos os bairros. O monitoramento é diário, a cada 7 dias no mesmo endereço, é o estágio do mosquito, de ele se transformar em larva e mosquito. Vamos no local antes dele se transformar em mosquito. Daí que surgem os focos", contou. "Temos os pontos estratégicos, locais de volume maior de recipientes, pneus, borracharias, locais de reciclagem, cemitérios, nesses locais fazemos vistorias a cada 15 dias", assinalou.

O alerta é para a prevenção, que pode ser realizada pela população se atentando às dicas mais básicas. "Estamos sempre reforçando os pedidos de cuidados. Principalmente nessa época, onde as pessoas vão para a praia e tem piscinas, de plástico ou fixas, e esquecem de fazer esse cuidado. A gente sempre pede que a manutenção seja sempre mantida, que coloquem areia no vaso de flor, que não tenha aquele pratinho, o recipiente dos animais precisa ser limpo com frequência", frisou. 

É possível, também, denunciar ambientes que podem ser propícios à criação de focos. "A prefeitura tem a Ouvidoria pelo 156 que serve para receber essas reclamações. As pessoas ligam para o 156, relatam o que está havendo, se é em um terreno baldio, se é casa abandonada, a denúncia chega até o Centro de Zoonoses e a equipe da dengue se desloca para verificar", reforçou.

Simone lembrou que as temperaturas elevadas colaboram para, possívelmente, proliferar os mosquitos. "Temperatura alta, calor, tanto no inverno quanto no verão, basta ter uma temperatura elevada que o mosquito se prolifera mais. No inverno a produção de larvas diminui, mas de uns anos para cá ele está mais resistente", finalizou.

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