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Os atacarejos, supermercados que misturam os segmentos de atacado e varejo, são sucessos inegáveis atualmente em todo o Brasil. Mas, apesar disso, há algumas décadas atrás não só o termo como esse tipo de negócio nem ao menos existia. Em Criciúma e região, o Supermercado Althoff foi pioneiro, cuja história foi contada pelo jornalista Nei Manique em um documentário lançado há poucos dias.
Com pouco mais de 10 minutos, o documentário Irmãos Althoff- mestres-salas do atacarejo conta a história do primeiro empreendimento do segmento na região, antes mesmo dos atacarejos virarem uma febre nacional e bem sucedida.
“A inspiração para esse documentário me bateu por conta desse boom que estamos verificando, e creio que não é só em SC mas no Brasil inteiro, do crescimento de atacarejos. Um pouco vem da minha lembrança de criança que, na Henrique Laje, no atacado Althoff, tu podia comprar uma caixa com que não sei quantos tubos de pasta de dente Kolynos, mas também podia comprar só um tubo também, ou até meio quilo de cimento, enquanto também vendiam caminhões de cimento. Tive esse insight de que os irmãos Althoff implantaram o primeiro atacarejo aqui na região”, destacou Nei.
A história dos atacarejos em Criciúma começa na década de 1960, com os irmãos Althoff. Ao longo do documentário, filmado ainda no ano passado, antes mesmo da pandemia do novo coronavírus, Nei apresenta os depoimentos de outros empresários e grandes nomes do setor supermercadista da região.
Antenor Angeloni, Lúcio Cavaler, Paulo e Flávio Althoff e tantos outros compartilham suas lembranças e opiniões no documentário. Apesar disso, um dos depoimentos mais marcantes, segundo Nei, para consagrar a importância do atacarejo do Althoff, é o de Zefiro Giassi, fundador da rede Giassi de Supermercados.
“É absolutamente tocante, comovente e emocionante o depoimento do seu Zefiro Giassi, quando ele diz que, vendo o senhor Paulo Althoff atendendo no balcão, sentiu a inspiração de sua vida. Ele [Zefiro] era professor de escola pública e, a partir dali, decidiu começar com um mercadinho comunitário. Ele termina dizendo: Paulo Althoff foi o meu ídolo”, comentou o jornalista.
Confira o documentário:
