Ela anda sempre com a sua inseparável camisa do Criciúma. Vestindo uma delas, veio caminhando lenta pela Rua Coronel Pedro Benedet até encontrar a reportagem. Naquele instante, meio da manhã deste sábado, 21, Ivone Camilo Fernandes, 76 anos, carregava suas compras de volta da feira para casa. "Não, não tenho medo. A saúde está ótima, Deus que me protege", garantiu ela, enquadrada no grupo de risco e com recomendação para não sair de casa. "Fui na feira. Comprei ovo e laranja", contou.
Mas dona Ivone tem recebido broncas dos filhos, e alertas para não sair da sua residência, no Bairro São Cristóvão. "Eles brigam, eu saio muito, mas vou parar mais em casa", disse. Ela garante que está se cuidando. "Usando álcool gel e limpeza total em casa, casa arejada", afirmou.
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Frequentadora assídua do estádio Heriberto Hülse nas últimas quatro décadas, ela garante que dificilmente perde um jogo do Criciúma. "O Tigre está fazendo falta", reconheceu. "Mas o importante é saúde, amizade e Deus no coração" acrescentou. Ela está com fé que logo essa crise vai passar. E não está com medo. "Não, não. Vai passar", arrematou.
Criciúma tem, até o fim da manhã deste sábado, sete casos confirmados de coronavírus.