A ação de criminosos que assaltaram a agência central do Banco do Brasil na madrugada desta terça-feira, 1, em Criciúma, chamou atenção pelo forte armamento e, também, pela organização dos bandidos. A ação, que envolveu reféns e disparos contra a sede do Batalhão da Polícia Militar, é considerada por autoridades, inclusive, a mais violenta já registrada em Santa Catarina.
“É a ação mais violenta que já tivemos no estado, pela proporção da violência e pela quantidade de criminosos. Até mesmo pelo tempo que durou a ação, foram quase duas horas de confrontos, que tornam essa proporção a maior de um crime que já tivemos no estado”, declarou o delegado geral da Polícia Civil, Anselmo Cruz.
Os policiais seguem colhendo as informações iniciais sobre o assalto que movimentou a cidade e ganhou repercussão nacional e, até mesmo, internacional. Segundo o delegado, os carros utilizados, 10 deles já encontrados abandonados em um milharal em Nova Veneza, são de alto padrão que podem ter sido plotados.
“É comum o uso de placas falsas nos veículos. Aqui [nas imediações da agência do Banco do Brasil] está sendo colhido o trabalho de informações, é a cena do crime onde aconteceu, por isso a necessidade de isolamento e de manter toda a população afastada”, comentou.
A Polícia Civil está mobilizada com cerca de 200 policiais atuando na coleta de informações e na investigação do crime. Além do assalto, quatro explosivos foram deixados pelos criminosos na região central: três na região das praças e um em um veículo estacionado próximo a agência bancária. Os explosivos já foram desarmados.