As mudanças na gestão promovidas pelo prefeito em exercício, Ricardo Fabris (MDB), não param no colegiado. Os serviços funerários prestados pelo município, que são alvo de investigação na Justiça por suposta fraude no contrato de licitação e levaram o prefeito Clésio Salvaro (PSD) à prisão, estão na mira do novo chefe do executivo que anunciou como primeira medida o endurecimento na fiscalização. O trabalho atualmente é inspecionado pelas próprias empresas que fornecem o atendimento, poder que será retirado e transferido a uma equipe externa especializada. "Os problemas ainda não pararam e não vão parar do jeito que está. Na parte de contrato que eu vi, as funerárias, elas mesmo se auto fiscalizam. Quer dizer, eu nunca tinha visto uma coisa dessa. Então, é na fiscalização que nós vamos pegar, nós vamos endurecer. Nós vamos colocar uma profissional altamente capacitada e exigente, e ela vem para mudar o quadro se nós não conseguimos mudar esse quadro, aí o contrato passa a ser reavaliado", reforça.
Entre os problemas registrados estão, segundo Fabris, a indução de preço para opção maior. "As funerárias vão sentir a fiscalização, tenho certeza que vão sentir e se não quiserem ficar, não tem problema nenhum, mas a fiscalização não é mais deles. É um problema crítico, eles são extremamente profissionais, eles são extremamente gananciosos, eles não têm nenhum sentimento quando o cidadão entra numa funerária naquele momento. Agem de forma muito maliciosa às vezes e não é nem questão de rever preços, eles têm na tabela de no contrato tabela de preços acessíveis, só que não utilizam", sublinha.
Portal 4oito é intimidado
O repórter do Portal 4oito, Vitor Ávila, foi intimidado por um funcionário da Central Funerária, enquanto estava fazendo fotos da fachada do local para serem adicionadas a esta matéria. O profissional, que estava no exercício da função do lado de fora, foi abordado por um representante de uma das funerárias que deixou a parte de dentro do estabelecimento, questionado sobre o que fazia e pressionando sobre suposta parcialidade.
Ouça na íntegra o que disse o prefeito de Criciúma em exercício, Ricardo Fabris (MDB) sobre a fiscalização nos serviços funerários: