Em torno de 22 mil toneladas de cascas de arroz foram transformadas em energia elétrica em 2020, pela usina própria da Fumacense Alimentos, localizada na unidade matriz da empresa, em Morro da Fumaça. Ao todo, neste ano a estrutura gerou 6.293 MW/h, o que em um comparativo, seria suficiente para abastecer cinco mil residências de até três pessoas durante o mesmo período de 12 meses.
Em um sistema de cogeração, a usina tem queimado 90 toneladas de cascas de arroz por dia na caldeira e produzido, com isso, 23 toneladas de vapor a cada hora. Neste cenário, 60% do vapor gera eletricidade por meio de uma turbina e os outros 40% são destinados ao processo de parbolização do grão, no setor fabril da empresa.
Conforme o coordenador da termelétrica da Fumacense Alimentos, Lucas Tezza, essa geração de energia para a empresa é um dos principais benefícios da usina. “Além, claro, do apelo sustentável desse modelo, uma vez que, desta forma, conseguimos reaproveitar a casca do arroz, que seria um dos principais resíduos gerados pela indústria”, completa.
E seguindo o viés sustentável, os resíduos originados da usina também são reaproveitados em outros setores. Resultado da queima das cascas de arroz na caldeira, segundo o coordenador da termelétrica, as cinzas geradas tem sido destinadas às indústrias siderúrgica, cimenteira e até mesmo cerâmica da região e de outros estados do Brasil.
A Fumacense Alimentos é uma empresa pioneira no país, no que diz respeito a cogeração de energia a partir da casca do arroz, com uma usina termelétrica que está em operação desde o ano de 2008.