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Em Orleans, servidores públicos preparam paralisação

Categoria suspendeu estado de greve e reclama de dificuldades para dialogar com o Executivo

Por Giovana Bordignon Orleans, SC, 15/04/2022 - 17:10
Sintramor protestou na Câmara no fim de 2021 / Divulgação
Sintramor protestou na Câmara no fim de 2021 / Divulgação

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O Sindicato dos Trabalhadores Públicos de Orleans (Sintramor) fará uma paralisação em resposta a insatisfações referentes à Prefeitura. A presidente do Sintramor, Janes Aparecida de Lorenzi de Oliveira, alegou que o grupo fez um requerimento com 17 reivindicações ao prefeito Jorge Koch (MDB), que não as atendeu. Uma comissão será montada para articular, em no máximo duas semanas, a possível paralisação. Isso foi deliberado em assembleia remota na noite da última quarta-feira (13).

Em entrevista ao programa Conexão Sul da Rádio Som Maior nesta quinta-feira (14), a presidente disse que os integrantes do Sintramor estão bastante descontentes desde que Jorge Koch assumiu a prefeitura. Segundo ela, o prefeito não está disposto a conversar. “Eles não sentam para ver o lado do servidor. Eles só trazem a resposta dizendo o que vai ser feito e não conversam”, relatou.

Conforme relatado por Janes, desde o início do atual mandato, em 2020, é recorrente que a lista de reivindicações seja entregue ao chefe do Executivo e devolvida pelo advogado. "Em resposta a isso, vamos organizar uma paralisação para pressionar o prefeito e fazê-lo perceber que sem o funcionário público a cidade não existe”, acrescentou.

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A pauta foi encaminhada no começo de fevereiro ao prefeito. "Aí aconteceu o que acontece todos os anos, eles pegam a pauta, vem o advogado para conversar com a gente, na verdade não bem conversar, ele só vem dizer o que o prefeito disse, eles nunca conversaram, diálogo nunca existiu. Ele não aceitou conversar, não aceitou ouvir qual era a proposta do servidor", reclamou Janes.

Categoria fez assembleia online na quarta-feira

Desde então, a categoria vem em estado de greve. "Fomos chamados na prefeitura de novo, marcamos uma reunião com o vice-prefeito Mário Coan, que estava no comando pois o prefeito pegou 15 dias de férias. Por fim ele não nos recebeu, aí a reunião foi remarcada e, na semana passada, tivemos a reunião com o prefeito Koch. Enfim, não tivemos bons resultados", lamentou a sindicalista.

Na assembleia de quarta-feira foi evidenciada a insatisfação dos servidores. "E também com o tratamento, que sempre é assim. Eles querem administrar do jeito deles e não ouvem o funcionário, inclusive mandaram para a Câmara de Vereadores um projeto de lei para mexer na Lei Orgânica, para tirar os 30% que o funcionário efetivo tem direito, para ser comissionado, para eliminar este artigo", observou a presidente.

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Problemas na Câmara

A situação de agora, segundo a presidente do Sintramor, foi precipitada por uma postura da prefeitura junto à Câmara no fim de 2021. "No apagar das luzes, o prefeito mandou para a Câmara projeto alterando o estatuto do funcionalismo, e isso depois de dois anos em que nos reunimos, conversamos em reuniões, com o comitê que ele montou por decreto. Fizemos um bom estatuto que ele disse que levaria à Câmara conforme foi entregue, mas na verdade ele fez muitas modificações, o que deixou o servidor angustiado", contou Janes.

A paralisação a ser articulada será uma redução gradual das atividades. "E lá adiante, se as coisas não evoluírem, vai ser uma greve. Suspendemos o estado de greve para preparar essa parlaisação", detalhou.

Entre as pautas do Sintramor está a valorização do funcionário. "Temos cidade de ricos, nós precisamos de uma cidade que atenda também o pobre. Tem muita reclamação na saúde, muita reclamação no social, tem que atender as pessoas que precisam", apontou a sindicalista. "A CIPA, que ajuda o servidor e o administrador, parece que eles não entendem que o sindicato veio para ajudar eles. Tiraram do servidor os 15% do estatuto, no ganho da carreira, que mexeu principalmente com o professor, e agora mandarm um projeto na camara que tira 30% do servidor público, que é comissionado", destacou. “Como eles não param para conversar, o jeito vai ser paralisar”.

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Ouça a entrevista da presidente do Sintramor no podcast:

O que diz a prefeitura

Procurada pela reportagem do 4oito, a prefeitura de Orleans não quis se manifestar sobre as posições do Sintramor.

Abaixo, a reprodução do ofício encaminhado pelo prefeito Jorge Koch ao Sintramor, em resposta à pauta de reivindicações:

O Prefeito foi sensível com as reivindicações, expôs que fez um esforço para recompor as perdas inflacionárias dos servidores, que por força de lei federal, não puderam ser resposta nos anos anteriores (2020/2021), resultando em um aumento acumulado de 18% (dezoito por cento), valores estes que já estão sendo recebidos pelos servidores.

Em relação a pauta, ficou de estudar assuntos como a CIPA e o reajuste dos professores. Todavia, isso depende de outros fatores administrativos, motivo pelo qual não é possível pronta resposta sobre aceitação ou não das mesmas.

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