Em plena pandemia, prefeito de Laguna encara com preocupação chegada do verão

Ao mesmo tempo que os números do novo coronavírus não param de subir em praticamente toda Santa Catarina, aglomerações continuam sendo registradas em praias  e residências. O prefeito de Laguna, Mauro Candemil, vem encarando com preocupação a chegada do verão no auge da pandemia no município.
Segundo Candemil, sua equipe já está trabalhando com a equipe de transição do prefeito eleito, Samir do Kilojao, para destacar algumas preocupações em relação a fiscalização no verão.

“A população não ajuda com respeito às normas. Estamos nos últimos dias de gestão procurando respeitar o que é dito pelo Governo do Estado através da Secretaria de Saúde, assim como as autoridades sanitárias, mas a população não quer se ajustar”, disse Mauro. 

O atual prefeito de Laguna afirma que nos últimos fins de semana muitas praias do município já vinham ficando lotadas, e que a quantidade de veranistas neste ano não deverá ser muito diferente do que já vinha sendo registrado nas temporadas anteriores, o que preocupa as autoridades. Comemorações tradicionais da cidade como o réveillon, já foram cancelados justamente para evitar aglomerações. 

Segundo Mauro, a expectativa é de que a Prefeitura faça uma cerimînia no alto do Morro da Glória, para que toda Laguna possa ver, com um show de luzes e uma live transmitida nas redes sociais. 

“As pessoas deverão vir de qualquer jeito pra cá. Temos cerca de 500 prédios no mar grosso, onde se concentra a grande maioria dos veranistas, e o pessoal vai sair pra rua de qualquer jeito. A economia em Laguna continua ativa, mas as pessoas precisam se cuidar, e isso infelizmente não está acontecendo”, pontuou o prefeito.

O Hospital de Laguna já está com sua Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para Covid-19 completamente lotada. Segundo Mauro, já são mais de 300 casos ativos no município, e uma crescente vertiginosa em relação aos óbitos. Mesmo assim, medidas como o fechamento de praias acabam sendo inviáveis, de acordo com o prefeito.

“Não há como segurar. No início da pandemia, quando procuramos fazer os fechamentos de acessibilidade à Laguna, amanheceu com tudo derrubado no chão. Não tem tanta gente para ficar fazendo barreiras em oito pontos de acesso ao município, é muito difícil fazer essa contenção”, disse.