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Em seu comentário, Coronel Cabral trata da prevenção ao suicídio

Setembro é o mês que o assunto ganha ainda mais força e campanhas

Por Marciano Bortolin Criciúma, SC, 03/09/2020 - 10:46 Atualizado em 03/09/2020 - 10:50

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Setembro é o mês em que se fortalece a conscientização contra o suicídio. O assunto de saúde pública, também é de segurança pública e é tema do comentário do Coronel Márcio Cabral desta quinta-feira, 3. “Este é um assunto de extrema importância e precisamos discuti-lo com maturidade sem ocultar as situações. Nos meus quase 33 anos de carreira policial militar, deparei-me com algumas situações de tentativas de suicídio e em todas elas, as negociações foram difíceis e exigiram de mim e meus companheiros um exercício de paciência, paixão pela profissão e compreensão pelo momento pelo qual passava cada uma das pessoas que estavam ali à nossa frente. Em todos os episódios em que atuamos, a vítima sempre tinha dado algumas amostras para familiares e amigos de que a situação não estava boa e de que precisava de alguma ajuda. Precisavam de atenção porque tinham vergonha, muitas vezes, de revelar os seus problemas. Estas pessoas pelos quais tive que me deparar profissionalmente, em boa parte do seu tempo, se mostravam alegre e de bem com a vida, mas também todas elas deixavam pequenos gestos ou pistas que chamavam atenção para detalhes que mutias vezes não eram percebidos”, salienta.

Cabral lembra que as mortes por suicídios só ficam abaixo das ocasionadas por acidentes de trânsito. “Os suicídios só perdem em números fatais para acidentes de trânsito, transformando-se assim em caso de segurança pública, embora seu cunho original seja de saúde pública. Este assunto precisa ser levado em discussões não somente em campanhas, mas também em grupos de discussão sobre o assunto a fim de que se possa traçar as melhores práticas de prevenção”, comenta.


Em seu comentário, Coronel Cabral lista três fatores principais que podem conduzir ao suicídio:

    • Transtorno de humor como depressão, ansiedade e uso de alguma substância entorpecente ou algum transtorno psicótico;
    • Fator que potencializa o primeiro e serve como um gatilho para acioná-lo, como por exemplo, uma crise pessoal grave que gera uma situação em que a pessoa se vê sem saída;
    • Acesso a meios letais como armas, venenos, medicamentos e outros.

Oferecer esperança às pessoas que passam por esta situação é citada por Cabral como forma de evitar o pior. “Para que possamos combater esta situação é necessário esclarecer a população sobre os transtornos. É necessário oferecer esperança de melhoras na crise pessoal e é necessário reduzir os acessos aos meios letais”, fala.
A Rede de Proteção à Vida também tem sido importante neste processo. “Órgãos como CVV, CAPS, Alcoólicos Anônimos, Cerest, vêm trabalhando muito para reduzir este problema e já fazem parte da Rede de Proteção à Vida. Ajude e apoie a divulgar o trabalho destes órgãos. Você estará colaborando com a segurança pública e, quem sabe, com seu amigo ou parente que pode estar próximo deste problema e você nem imagina”, finaliza.

Confira o comentário de Coronel Márcio Cabral na íntegra:

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