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Em tempos de isolamento social, cuidados com a saúde mental são essenciais

Buscar atividade física e uma alimentação adequada são pontos importantes

Por Guilherme Nuernberg Criciúma - SC, 17/04/2020 - 09:24 Atualizado em 17/04/2020 - 13:00
Foto: Arquivo / 4oito
Foto: Arquivo / 4oito

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Em meio a pandemia de coronavírus, em que o isolamento social tem se mostrado como principal arma para combater o avanço da doença, os cuidados com a saúde mental são imprescindíveis. Para quem é acostumado a sair diariamente de casa, ou até para quem não sai muito, um mês dentro de casa pode parecer uma eternidade.

Em entrevista ao Programa Adelor Lessa, na Rádio Som Maior, a psiquiatra Ritele Hernandez da Silva, afirmou que ter uma rotina definida e utilizar a tecnologia para encurtar distâncias são passos importantes para ter uma boa saúde mental. "Tem uma série de situações que a gente precisa buscar, independente da pandemia, mas que agora tem uma preocupação importante. Buscar atividade física, manter alimentação de forma adequada. Manter o contato com a família pela internet, ligação por vídeo. O ser humano é sociável, precisa ter a convivência com o outro. Saber que as pessoas estão bem facilita esse processo", comentou a profissional.

A falta de contato humano é sentida, principalmente para quem mora sozinho. A mudança repentina também pode afetar as crianças. "Essa proximidade faz falta no dia a dia, as pessoas sentem essa dificuldade. Tem que buscar alternativas que substitutam esse contato social. Cuidar da rotina das crianças, tentar manter o horário de higiene do sono. São cuidados que temos que ter no dia a dia na promoção da nossa saúde mental, mas que nesse momento precisamos ter atenção redobrada", recomendou.

De acordo com a psiquiatra, aumentou o número de casos de pessoas que estavam estáveis e voltaram a apresentar sintomas. Alguns já estavam estavam quase tendo alta, mas tiveram um recuo no quadro clínico. "O profissional de sáude mental já pensa no futuro, uma série de patologias que podem ser desencadeadas. O estresse por si só é fator de risco. Converso com colegas que trabalham na linha de frente, mesmo acostumados com a carga de UTI, e há preocupação de levar contaminações para a família. Pode desencadear situações para eles também", afirmou Ritele.

"Quem faz o tratamento, mantenha medicação e cuidado. Quem não tinha hábitos saudáveis, de repente podemos começar e desenvolver isso na vida, exercício e higiene do sono. Manter contato com a família, saber como as pessoas estão e perceber o outro, ter um cuidado e um olhar, se perceber que o amigo ou o familiar não se sente muito bem, que a gente possa auxiliar", aconselhou.

Tags: coronavírus

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