Os policiais em continência defronte às unidades da Polícia Militar em toda Santa Catarina, nesta terça-feira, 14, indicavam: havia um luto no ar. Tudo por conta da morte brutal, no fim da manhã de segunda, 13, da sargento Regiane Terezinha Miranda, 37 anos, morta a tiros pelo ex-marido em sua casa. O velório ocorreu durante a madrugada e manhã no Ginásio do Ideal, em Forquilhinha, de onde partiu o cortejo fúnebre com honras militares até o cemitério do Bairro Saturno.
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"Ela foi uma PM dedicada, organizada, sempre se esforçando para fazer o melhor por seus alunos do Proerd, para a comunidade, para as mulheres vítimas de violência", define o tenente-coronel Cristian Dimitri, comandante do 9o Batalhão de Polícia Militar, ao qual a sargento prestava serviços. "Ela era nossa policial no segundo pelotão de Forquilhinha, que desempenhou um grande serviço, desde 2004 na PM. Era instrutora do Proerd. Ela auxiliava diretamente o comandante do pelotão de Forquilhinha, o tenente Fiorillo, no policiamento de proximidade, seja na Rede Catarina de Proteção à Mulher, na rede de segurança comercial, no Programa Fibra Jovem, ajudando estudantes na busca da cidadania", recorda o oficial.
A lembrança que fica, conforme o comandante, é de uma policial que gostava e muito do que fazia. "Sempre muito alegre e extrovertida, uma policial guerreira e de fibra. Não tinha horário, era voluntariosa. Tanto que a sargento trabalhou nessa madrugada, de sargento-ronda, fiscalizando em Forquilhinha. Ela estava de folga", relatou. "Às vezes a comunidade não sabe do esforço que é. Vai deixar um espaço imenso, não só para os policiais mas também para a comunidade", completou.
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A sargento Regiane havia subido de patente fazia pouco tempo, fruto de um curso realizado. Ela deixa dois filhos, de 3 e 7 anos. O ex-marido, que cometeu suicídio após disparar contra a policial, também fez parte da PM, da qual não pertencia mais desde 2004, ano em que Regiane ingressou na corporação.