O maior assalto a banco da história de Santa Catarina, ocorrido em Criciúma na última terça-feira, 1, completa uma semana hoje. De lá para cá, doze pessoas suspeitas de estarem envolvidas no crime já foram presas em três estados diferentes. De acordo com o coronel Evandro Fraga, da Polícia Militar, as investigações apontam para uma quadrilha que atua em diversas regiões do Brasil.
“Esta é uma quadrilha interestadual”, aponta Fraga. “Pelo que relatamos com as prisões, não temos dúvidas que o núcleo dela é de São Paulo. Os irmãos, como chamamos os envolvidos, são de São Paulo. Os primos, aqueles colaboradores que participam, também estão espalhados por todo o Brasil”, disse Fraga.
Das doze prisões realizadas até o momento, quatro aconteceram em Santa Catarina, cinco no Rio Grande do Sul e três em São Paulo. A grande maioria, senão todas, referentes a pessoas naturais ou residentes do estado paulista. Os carros utilizados pelos criminosos no momento do crime já foram encontrados, assim como duas residências que serviram de abrigo na transição da fuga -a última, encontrada recentemente em Sombrio, no extremo sul catarinense.
“Ontem realizamos a localização de um local na cidade de Sombrio, também utilizado pelos marginais como um ponto de característico de logística para atos preparatórios de execução e utilização após a ação criminosa”, disse o coronel.
Ainda não se sabe a quantia exata levada pelos criminosos no assalto. O delegado Anselmo Cruz, responsável pelas investigações, estima uma quantia de cerca de R$ 80 milhões. “Esta é uma possibilidade, até porque o Banco do Brasil não informou isso de forma oficial para a Polícia Militar. Não temos a ideia, somente essa estimativa”, afirmou.