O governo de Santa Catarina vem ampliando os esforços para erradicar a brucelose e a tuberculose bovina em Santa Catarina. Nesse sentido, a Secretaria de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural pretende ajustar determinadas condições para o enquadramento de produtores no Fundo Estadual de Sanidade Animal (Fundesa), permitindo que mais deles sejam beneficiados com a indenização pelo abate sanitário de animais doentes. A proposta foi apresentada nesta semana pelo secretário Altair Silva aos integrantes da Comissão de Agricultura e Política Rural da Assembleia Legislativa.
“O Fundesa vem sendo aperfeiçoado ao longo do tempo e é uma das prioridades da nossa gestão. Esse é um dos indicadores acompanhados de perto pelo governador Carlos Moisés e estamos colhendo excelentes resultados nos últimos anos. Somos, inclusive, reconhecidos em todo o país pelos nossos esforços na erradicação da brucelose e tuberculose. Queremos que esse seja mais um diferencial competitivo do agronegócio catarinense na busca de mercados para a produção de carne e leite”, destacou o secretário da Agricultura Altair Silva.
A intenção da Secretaria da Agricultura é intensificar a vigilância ativa do gado e incentivar a notificação de suspeitas de brucelose ou tuberculose nos rebanhos. A Secretaria da Agricultura e a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) devem fazer ainda uma campanha de conscientização dos produtores, para que eles respeitem as normas e cumpram seu papel no combate às doenças.
Segundo o presidente da Cidasc, Plínio de Castro, o agricultor deve ser um parceiro do governo do Estado para manter a sanidade animal. “Mesmo com todos os esforços do governo, nós ainda temos desafios. O produtor é o maior interessado em erradicar as doenças para proteção da família e da sua produção”.
Em 2020, o governo estadual investiu mais de R$ 11 milhões na indenização de produtores pelo abate sanitário de animais doentes, a maior soma de recursos desde a criação do Fundo, em 2004. Esses recursos dão suporte aos agricultores na aquisição de animais sadios para continuarem a produção de carne e de leite.
Brucelose e tuberculose são zoonoses e podem ser transmitidas para os seres humanos. Por isso, as ações para erradicação das doenças têm um grande impacto na vida de quem produz e de quem consome produtos de origem animal.
O Estado conta com mais de 1,2 mil propriedades rurais certificadas como livres das doenças e possui a menor prevalência de brucelose animal do país. A classificação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) demonstra a excelência da bovinocultura e a qualidade da produção agropecuária catarinense.
De acordo com o Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e da Tuberculose Animal, do Ministério da Agricultura, os Estados podem ser classificados de A até E, de acordo com a prevalência das doenças. Santa Catarina é o único estado brasileiro com classificação A para brucelose e, junto com outros quatro estados, também obteve nota máxima para tuberculose.