Levantamento da Secretaria Municipal de Assistência Social apontam que há pelo menos 129 pessoas em situação de rua em Criciúma atualmente. Os motivos são vários, entre eles a chegada de estrangeiros e a distribuição de esmola por parte da população.
A secretária de Assistência Social, Patrícia Vedana Marques, diz que o número de pessoas na rua varia bastante e cita a chegada de estrangeiros recentemente vindos, principalmente, de Argentina e Venezuela. “Foram passando por algumas cidades e agora estão em Criciúma. No momento abordamos argentinos e venezuelanos. Não declaram oficialmente os motivos de estar nas ruas, até porque a nossa equipe tem bastante dificuldade em chegar até eles que têm resistência em aceitar os serviços oferecidos como o Centro Pop e a Casa de Passagem. Segundo eles, as pessoas ajudam bastante aqui”, comenta a secretária, acrescentando que a Casa Passagem possui atualmente 18 pessoas.
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Patrícia fala também que geralmente eles entram país com visto de turismo e querem exercer algum tipo de atividade remunerada. “Como malabares nos semáforos, mas como entram com este visto, não podem fazer nenhuma atividade remunerada”, cita.
A pandemia não levou as pessoas de forma definitiva para as ruas, mas alguns que foram buscar ajudas devido à crise. “Como tivemos de uma senhora que estava na Avenida Centenário pedindo emprego, outro senhor pedindo ajuda. Quando a gente identifica esta situação buscamos auxiliar”, comenta.
Patrícia revela que nesta semana a secretaria realizou uma reunião com a Defesa Civil, DTT, Polícia Militar, Polícia Federal e Secretaria de Saúde para discutir as bordagens em conjunto. “E também para nos auxiliarem nesta campanha com a comunidade. Porque as pessoas fazem algumas críticas, às vezes por desconhecer os serviços que o município oferece. Apesar das divulgações algumas pessoas não conhecem. Algumas pessoas dão esmola por falar que é melhor dar do que a pessoa em situação de rua roubar. Mas este tipo de prática estimula que elas fiquem e chama outras para a situação de rua para conseguir recursos financeiros nos semáforos”, finaliza.