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Ex-secretário da Fazenda presta depoimento à CI

Robson Gotuzzo foi ouvido em oitiva que levanta informações das relações da prefeitura com o Criciumaprev

Por Denis Luciano Criciúma, SC, 18/06/2019 - 14:13 Atualizado em 18/06/2019 - 19:02
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A Comissão de Investigação do Criciumaprev realizou na tarde desta terça-feira, 18, mais uma oitiva em apuração de possíveis irregularidades no sistema de previdência do município. Robson Gotuzzo, secretário da Fazenda, nos anos de 2017 e início de 2018, foi ouvido. A CI da próxima semana será realizada na terça-feira, dia 25, e na quarta-feira, dia 26.

“O grande detalhe dessa conversa foi a identificação da centralização. Quem paga e quando paga. Ficou claro e evidente que existia saldo em caixa. Ficou evidente que deixou-se de pagar por uma decisão pessoal do prefeito”, ratificou o presidente da CI, vereador Julio Kaminski (PSDB).

O não pagamento das dívidas do Criciumaprev, segundo o ex-secretário, foi uma escolha entre o pagamento de duas dívidas, já que não haveria recursos para quitação de ambas. “Existiam bloqueios de ações trabalhistas, de precatórios, por isso que se buscava essa autonomia financeira pra que o Município andasse”, pontuou Gotuzzo.

“Quando nós assumimos, cerca de dois ou três meses foram retidos de contribuição dos servidores e não repassados ao sistema previdenciário. Depois, colocamos a casa em ordem e pagamos essas contribuições, mas não pagando a parte patronal que foi alvo de parcelamento”, lembrou Gotuzzo, acrescentando que toda decisão é sempre do prefeito.

A Sessão seria destinada ainda para a oitava de Guilherme Tadeu Lorenzi Walter, da Lumens Assessoria que não compareceu à Casa devido a compromissos pessoais. Ele será ouvido na próxima terça-feira, dia 25. Já na quarta-feira, dia 26, será ouvida a procuradora do município, Ana Cristina Youssef, às 14h.

Auditoria

A auditoria do sistema previdenciário encomendada pela Comissão junto à PSW Auditorias deverá ser finalizada nesta quarta-feira (19/6) e apresentada aos parlamentares na próxima terça-feira.

“Deveremos fazer uma aceleração no processo para que ele seja concluído no próximo dia 15, como previsto. Esses três encontros serão realizados e depois a comissão se reunirá para formar os relatórios e sanar algumas dúvidas que possam surgir”, finalizou o presidente da CI, vereador Julio Kaminski.

Confira os detalhes desta terça na CI conferindo abaixo o Minuto a Minuto do 4oito:

Detalhes da transmissão:

16:24

Presidente Julio Kaminski encerra mais uma reunião da Comissão de Inquérito do Criciumaprev.

16:23

Próximo encontro da CI será na terça-feira, 25, 14h, para a oitiva de Guilherme Walter, atuário do Criciumaprev. Na sequência será ouvido o auditor contratado pela Câmara. "E teremos que fazer uma sessão na quarta para acelerar o processo, com a oitiva provável da dra. Ana Cristina (procuradora do município), acho que é importante ter ela aqui", informa o presidente.

16:22

"Meu objetivo foi colaborar como cidadão, dentro do que eu mais sabia. Envolve uma grande gama de conhecimento, nem tudo a gente dominava, mas no que podemos ajudar, fizemos o possível", diz Gotuzzo. "O senhor ratificou muitas coisas, que serão objetos do nosso relatório, e questões que causaram esse prejuízo todo. Sabemos perfeitamente que no Direito público só se faz em virtude de lei, o que não se fez em virtude de lei recai em improbidade", resumiu Kaminski.

16:21

Julio Kaminski agradece a presença de Robson Gotuzzo e concede a palavra final ao ex-secretário.

16:21

Julio Kaminski agradece a presença de Robson Gotuzzo e concede a palavra final ao ex-secretário.

16:21

Kaminski pergunta se houve alguma mudança no modelo do projeto antes do parcelamento. "Não lembro de qualquer alteração, nem aqui nem no gabinete", afirma Gotuzzo.

16:19

"Deveria haver autorização do Governo Federal para que os governos municipais pudesse encaminhar parcelamentos, se não me engano essa foi a razão, pois já recebemos com parcelamentos e parte patronal atrasados", comentou Gotuzzo. "Em 2016 não foi feito parcelamento?", perguntou Kaminski. "Se foi feito em 2016 como é que em 2016 não foi contemplado todo o atrasado do Criciumaprev?", perguntou o vereador presidente.

16:18

"Porque esperaram até outubro se em janeiro de 2017 já se sabia da situação? Se aguardou até outubro?", indagou Kaminski.

16:18

"Em razão disso é o que estamos discutindo e apurando resultados e responsáveis, pois há uma vida curta aí", diz Julio Kaminski, sobre a situação do Criciumaprev.

16:17

"O triste é que falaram no FPM e pelo valor que é repassado ao Criciumaprev já compromete quase 20%. Ultrapassa os 9% que estão na legislação", comenta o vereador Jair. "E o nosso esforço é que este parcelamento seja feito dentro do prazo, seja pago, seja pago patronal, seja repassado, esse é o interesse, um dos intentos dessa comissão é ajustar tudo isso", completa.

16:16

"A parte patronal a prefeitura ainda não tinha condições financeiras. Acabou 2017 e a gente ainda tinha R$ 40 milhões de restos a pagar. Mesmo que usasse todos os recursos, estaríamos devendo 2017. Esses R$ 40 milhões eram de dívidas de 2016 ainda. Em 2017 foi recolhida a parte do servidor e o parcelamento em dia", completa Gotuzzo.

16:15

"Não havia recursos no caixa. Houve diversos bloqueios judiciais. Realmente a situação financeira estava difícil", respondeu o ex-secretário.

16:14

Vereador Pastor Jair entende que recolher e não repassar é improbidade administrativa.

16:13

"Em 2017 foi feito um parcelamento. O senhor não se lembra se já tinha parcelamento anterior? E quantos?", perguntou o vereador Jair. "Eu não lembro quantos. Foram diversos, praticamente nenhum gestor recolheu a parte patronal, sempre se parcelava. Se parcela, às vezes atrasava o parcelamento e reparcelava. Estava buscando pagar a parte patronal", acrescenta Gotuzzo.

16:11

Antes do Pastor Jair, o vereador Ademir reforçou uma série de questionamentos para a relatoria da CI, sem novidades a acrescentar em relação ao que já foi referido anteriormente.

16:11

Vereador Pastor Jair Alexandre (PSC) pediu a palavra.

16:05

Vereador Ademir Honorato faz as perguntas da relatoria da CI ao ex-secretário. Algumas, inclusive, repetidas em relação às abordagens anteriores.

16:03

Por horário regimental, a sessão vai até 16h30min, pois às 17h tem sessão ordinária da Câmara.

16:02

"Estão enfiando goela abaixo, o limite prudente caiu por terra faz tempo", completou o vereador Ademir.

16:02

"Esse negócio do FPM eu muito discuti da tribuna. Todos os parcelamentos foram dados o FPM em garantia. Da mesma forma, Fonplata, Avançar Cidades, Finisa, tudo com o FPM em garantia. Tem um limite prudente, tem, eu já avisei que está estourado faz tempo", afirma o vereador Ademir Honorato.

16:00

"Quando a portaria diz 'poderá', deu poderes de colocar a garantia. Se não quisesse colocar, beleza. Nós temos a certeza de que o estudo foi feito e, no caso de inadimplência, estaria dentro do limite. Aí está a pergunta que fiz para o secretário, a secretaria fez esse estudo para colocar? Está vindo para nós, entendemos que esse valor está dentro. É um engôdo de quem mandou. Se ele não tem o estudo, que não coloque", complementa o vereador Julio Colombo.

15:59

Vereador Potelecki lembra que é obrigatório respeitar lei complementar que estabelece limites para uso do FPM como garantia para empréstimos e parcelamentos.

15:57

"Afinal, tem a garantia?", pergunta Colombo. "Essa garantia inexiste", completa. "Na verdade eu fiz uma crítica a esses regimes próprios que são criados, com uma falsa segurança ao servidor, e hoje a prefeitura não consegue pagar a parte patronal do mês de competência nem o parcelamento. Ou decide não pagar. O FPM tem sim condições de ser a garantia, tanto é que a prefeitura obteve, por esses dias, o fechamento de um financiamento de 17 milhões de dólares junto ao Fonplata, o Avançar Cidades também, o FPM é uma garantia. Não é o Criciumaprev ou a prefeitura que estão afirmando, mas sim a própria Secretaria do Tesouro Nacional aceita o FPM como garantia e concede esses financiamentos", complementa Gotuzzo.

15:55

"A previdência é um problema de todos os entes. Para o servidor o regime geral é melhor, caso não seja feito o pagamento, é feito o bloqueio. Nós tivemos um bloqueio do INSS, se não me falha a memória, de R$ 4 milhões, deixou de ser feito o pagamento, então a União retém parte do FPM. Eu creio que, na questão dos R$ 5 milhões, seja maior o valor, os repasses da União representam 50% do repasse para o município. Essa margem de conforto financeiro, há. O que não há é a previsão de nunca haver o pagamento. O problema é não exercer o principal", comenta Gotuzzo.

15:54

Colombo refaz a pergunta. "Existe uma margem de comprometimento do FPM. Quando um projeto é entabulado, a Fazenda tem que saber o valor de cada parcela e se o limite permite que se faça o parcelamento. O senhor teve um parcelamento de 200 vezes. É analisado se em caso de inadimplência o FPM vai cobrir? Isso que dá tranquilidade para a gente aprovar ou não".

15:53

Vereador Zairo Casagrande pede para complementar. "Comprometimento está linkado com a margem do FPM?", disse.

15:52

Agora o vereador Julio Colombo (PSB) é quem faz perguntas para Robson Gotuzzo. "Quando esses projetos de parcelamentos vem para a Câmara, e isso dá uma segurança grande para o servidor, vem com a garantia do FPM. Essa garantia do FPM nós entendemos que está dentro daquele comprometimento do FPM. Eu estou fazendo essa pergunta pois foi nos dito aqui que tem um limite do FPM que pode ser utilizado, isso joga por terra qualquer tipo de garantia para aprovar essa lei. A partir do momento em que se entabula a lei para mandar para cá, a secretaria da Fazenda tem conhecimento se está dentro dos limites aceitáveis ou depois a gente vê o que dá?", questionou Colombo.

15:49

"Cerca de 60% do Fundeb vai para salários", explica Gotuzzo.

15:49

Vereador Edson Paiol (PP) pergunta ao secretário Gotuzzo se o Fundeb pode ser utilizado para pagamentos de dívidas ou salários.

15:46

"O senhor lembra qual era o valor que o município recebia mensalmente do FPM?", pergunta o vereador Potelecki. "De memória, não sei dizer", respondeu Gotuzzo. 

15:44

"Seria apropriação indébita ficar com as contribuições e não repassar", lembra Gotuzzo, quando indagado sobre os problemas de repasses ainda da gestão do ex-prefeito Márcio Búrigo, em 2016.

15:42

Agora com a palavra o vereador Aldinei Potelecki (PRB).

15:41

"Sim, nós tivemos, além desse parcelamento, um parcelamento também do INSS, onde conforme falei anteriormente aquela empresa de auditoria analisou compensações feitas na ordem de R$ 35 milhões junto ao INSS. Tivemos que parcelar esse valor, aproveitamos só R$ 2 milhões e R$ 33 milhões foram parcelados junto ao INSS. assim como em outras situações, a prefeitura teve notificações fiscais da Receita Federal de anos anteriores do PIS Pasep. Eu sempre alertei que não adianta deixar de pagar, de calcular na forma correta, pois em algum momento essa conta vai chegar", destaca Gotuzzo. "Em 2017 veio uma autorização de um parcelamento do PIS de R$ 27 milhões, desses R$ 27 milhões quase 50% é multa e juro, pois Criciúma calculava errado o PIS".

15:39

O vereador Zairo refere uma multa que o município sofreu por não pagar parcelamentos, mesmo tendo recursos em caixa. "O valor aplicado pelo município tem remuneração menor que a meta atuarial do fundo. Pelo parcelamento, vai pagar taxa, gerando prejuízo ao erário. O fato de não ter recebido os repasses gerou prejuízo ao Criciumaprev. O fato de parcelar com recursos em caixa, e isso o senhor já confirmou, gerou três tipos de prejuízos. O senhor alertou o prefeito disso?", pergunta.

15:38

Casagrande: "A partir de junho de 2017, com entrada daquele recurso do IUM, havia recursos em caixa, não se trata de discutir de deixar de pagar uma despesa obrigatória para pagar outra, pois não foi utilzado o recurso. Essa decisão foi do prefeito?". "Sim", responde. "Havia o recurso de R$ 27 milhões, o repasse não foi feito por decisão do prefeito, isso?". "Isso", reforça Gotuzzo.

15:37

"O alvo dessa comissão é o parcelamento de 2018, quando o senhor não era responsável pela pasta. Sobre 2017 queria fazer um comentário, reconhecer o mérito do seu trabalho na Secretaria da Fazenda", diz o vereador. "Somos gratos pela condução que o senhor teve naquela pasta. É motivo de gratidão", complementa.

15:36

Vereador Zairo Casagrande (PSD) é quem pergunta agora.

15:36

Kaminski abre a palavra aos demais vereadores da comissão.

15:36

"Eu desconheço", responde Gotuzzo.

15:36

"Junto ao TCE tem um processo que tramita, que vem desde 2013, e acabam sendo reincidentes. Muitas coisas que aconteceram em 2017 e 2018 foram objetos de discussão e processo junto ao TCE", comenta Kaminski.

15:33

"O senhor informou ao prefeito, ou ao controle interno sobre essas diferenças que não estavam sendo acumuladas com o Criciúmaprev?", pergunta Kaminski. "Sim, era sabido. Até naquela apresentação, toda a equipe do Governo foi na CDL dar esclarecimentos, foram apresentadas todas as rubricas de despesas, uma delas era o Criciumaprev", comenta o ex-secretário.

15:32

Gotuzzo continua dando explicações contábeis sobre o empenho de restos a pagar de um ano para outro.

15:32

"É previdência, tem que ser empenhada todo ano. Quando há parcelamento tem que fazer lançamentos contábeis de ajustes para excluir aquela dívida", destaca Gotuzzo.

15:31

"Normalmente. Daqueles R$ 110 milhões, quase R$ 30 milhões, os valores exatos eu não sei precisar, mais de R$ 25 milhões eram de restos a pagar devidos ao Criciumaprev, são valores empenhados não pagos no ano, vira o ano, vira restos a pagar", explica Gotuzzo.

15:30

"Como foi feita a contabilização da dívida em 2017?", perguntou Kaminski.

15:29

"Tivemos bloqueios judiciais do INSS por exemplo. Do Criciumaprev, que eu lembre, não houve bloqueio. Foram muitos bloqueios", referiu Gotuzzo.

15:29

"Como não foi paga a parcela, e se o valor do FPM dava garantia, em algum momento o senhor orientou ou deixou de orientar o presidente do Criciumaprev sobre o bloqueio já que as parcelas não eram pagas?", completou Kaminski.

15:28

"O senhor comunicou o presidente ou conversou com ele se para efetuar algum bloqueio no Banco do Brasil em relação ao pagamento da parcela. O senhor sabia da existência dessa condição?", indagou Kaminski.

15:28

Vereador Julio Kaminski questiona o ex-secretário Róbson Gotuzzo sobre as previsões de pagamentos para 2017. "O relatório da época, do chefe do RH, o Criciumaprev foram R$ 30,9 milhões, era o valor efetivo calculado sobre a folha de pagamento em 2017. O orçamento eu não tenho', relatou.

15:25

"Quando eu estava lá o projeto era vistado pelo secretário e procuradora para ir ao prefeito", diz Gotuzzo, quando indagado sobre o ritual de processos.

15:24

Ex-secretário Róbson Gotuzzo segue depondo na CI do Criciumaprev.

15:22

"O controle interno analisava mais as despesas rotineiras mesmo, até pela despesa de pessoal, dois servidores apenas para um município com orçamento de R$ 900 milhões, humanamente impossível", relatou Gotuzzo.

15:21

"Se a lei veda a incidência, não poderíamos cobrar sobre aquela FG", completou Gotuzzo. "O Criciumaprev tem controle interno?", perguntou Kaminski. "Não sei, nunca estive lá. Eu fazia contato com a assessora jurídica, não sei se tem controle interno", disse o ex-secretário.

15:20

Gotuzzo: "Foi contratado um serviço de auditoria que analisou todas as rubricas na folha de pagamento e quais deveria incidir ou não. Estávamos respaldados nesse relatório, e assim ele é executado. Se alguma FG deixou de incidir, é porque a própria lei impossibilitava de cobrar", relatou o ex-secretário.

15:19

"Houve alguma distorção, deixava de ser cobrar da FG de um para cobrar de outro?", indagou Kaminski. "Eu falo isso pois a gente quer elucidar todos os valores relativos aos parcelamentos", completou o presidente. "Queremos chegar ao ponto de saber que os parcelamentos foram feitos corretamente, não havia distorção nem nada do gênero", emendou.

15:18

"Na época houve controle rigoroso de horas extras, despesas, bolsas de estudos, houve um controle rigoroso. As horas extras foram reduzidas em quase 50%", relatou Gotuzzo.

15:17

"Como funcionava essa auditoria pelo controle interno?", perguntou Kaminski. "O controle interno é bem precário na prefeitura", respondeu Gotuzzo. "Existem estudos apontando como deveria funcionar, quantos servidores deveria ter, a previsão é que ele fosse vinculado ao gabinete do prefeito, para dar mais respaldo ao prefeito", argumentou o ex-secretário. "Nós tínhamos dois servidores, que não fizeram concurso para aquele cargo, mais dois ou três estagiários. Basicamente para o controle, não a auditoria. Auditoria não vi nenhuma acontecer", explicou Gotuzzo.

15:16

Vereador Julio Kaminski, presidente da Comissão de Inquérito do Criciumaprev, está indagando o ex-secretário municipal da Fazenda, Róbson Gotuzzo.

15:15

"Esses financiamentos junto a Fonplata, a garantia é a receita, o FPM", respondeu Gottuzo. "Valores eu não sei", completou.

15:15

"O senhor comprometeu os repasses do FPM em algum parcelamento ou financiamento?", perguntou Kaminski.

15:15

"No caso do Fonplata houve um cálculo de comprometimento de receitas, analisava a saúde financeira para a cedência ou não dos financiamentos", disse Gotuzzo.

15:14

"Quanto do Fundo de Participação dos Municípios foi comprometido para arcar com os parcelamentos?", indagou Kaminski.

15:13

"Sim, eles nos passaram valores para colocar no processo", explica Gotuzzo. O ex-secretário informa que os Recursos Humanos da prefeitura estão vinculados à Secretaria da Fazenda, por isso tinha acesso a informações sobre pessoal. "Mas aí havia um problema que tentei corrigir. A integração dos sistemas, RH, licitações, contabilidade, controle interno, um problema que dificulda a transparência na prefeitura e dívidas ficam sem o devido controle", detalha.

15:12

Kaminski perguntou se, quando definido o parcelamento, o presidente do fundo de previdência participou ou não de conversas com a prefeitura.

15:12

Kaminski indaga se a Secretaria da Fazenda tem alguma ingerência sobre o Criciumaprev. "Nenhuma", respondeu.

15:09

"Como funcionava a relação entre o secretário e o controle interno?", pergunta Kaminski. "Ele está submetido ao secretário", responde Gotuzzo.

15:08

Kaminski insiste em recursos que estavam disponíveis e não foram utilizados para pagar débitos do Criciumaprev. "A decisão é do gestor máximo", respondeu Gotuzzo. "Qual a responsabilidade dos senhores então?", indagou Kaminski. "Minha resposta foi técnica, de sempre ter receita para honrar com as despesas. Foi minha posição que sempre gerou embates, meu objetivo era dar autonomia que se buscou. Quando eu saí, 55% das receitas totais eram próprias, cresceu 20% ou mais a participação das receitas próprias nas receitas do município, senão estava inviável", explica o ex-secretário.

15:07

"Qual valor havia aplicado em dezembro de 2017?", perguntou Kaminski. "Não sei, mas era usado e reposto, pois em algum momento seria utilizado", respondeu Gotuzzo.

15:06

Kaminski recorda um fato de julho de 2017, sobre um recurso de precatório de R$ 25 milhões. "Ele foi aplicado", responde Gotuzzo. "Vocês terminaram 2017 com recurso em caixa?", pergunta Kaminski. "Alguns recursos, sim, pois são vinculados. De recursos próprios, sim, ficou algo", detalha Gotuzzo.

15:03

"Como está previsto na Lei Orgânica, os secretários são assessores do prefeito para a gestão. A decisão é sempre do prefeito. Ele é o gestor máximo e o ordenador primário", diz Gotuzzo, quando indagado sobre quem tomou a decisão de não pagar os parcelamentos.

15:01

Gotuzzo lembra que Criciúma é o município que mais deve precatórios. Só não deve mais que o Estado de Santa Catarina.

15:01

Gotuzzo diz que houve carência de recursos em 2017. De R$ 110 milhões de dívidas vencidas, R$ 70 milhões foram postos em dia. "Sobraram R$ 40 milhões, mesmo com outros recursos, sofremos outros bloqueios. Ao final de 2017 sofremos um bloqueio de precatórios, R$ 4,5 milhões pelo TJ. Também tinha bloqueios por ações trabalhistas, ações de medicamentos, por isso se buscava essa autonomia financeira".

15:00

Kaminski: "Qual a ideia que se teve de não pagar?".

14:59

Kaminski faz Gotuzzo reforçar que a partir do parcelamento a parte patronal não foi regularizada pela prefeitura.

14:59

Kaminski: "A partir de setembro e outubro ocorreram os pagamentos normais da parte patronal?". "Não, a parte patronal de 2017 nós não pagamos. Talvez uma parcela, eu não sei precisar, de 2018, do início do ano que foi turbulento, tirei férias, estávamos buscando a autonomia do município nas receitas e despesas. São muitas medidas, a parte patronal eu não sei precisar, creio que não".

14:58

"Se parcela, se reparcela, e nunca se paga. Por isso essa bola de neve", comenta Gotuzzo. "A prefeitura não pagou parte patronal e dos servidores nesse perído?", pergunta Kaminski. "Não, somente a patronal. A dos servidores deixamos em dia no período", reforça o ex-secretário.

14:57

"Esse de 200 vezes junto ao Governo Federal foi em outubro de 2017", recorda Gotuzzo.

14:56

Gotuzzo lembra que, além do parcelamento do Criciumaprev, houve outro parcelamento junto ao INSS.

14:56

Kaminski pergunta se em 2017 houve parcelamento de valores dos funcionários. "Da nossa gestão fizemos reparcelamento da parte patronal, houve também de dívidas antigas que daí podem ter parte dos funcionários, mas da nossa época só patronal", responde Gotuzzo.

14:56

Gotuzzo responde: "quando assumimos, dois a três meses de contribuições do servidor foram retidas e não repassadas. No decorrer do ano colocamos a casa em ordem, não pagando a parte patronal, alvo de parcelamento posterior".

14:55

Kaminski faz comentários. "A prefeitura fez retenção de valores e não repassou ao Criciumaprev".

14:55

Gotuzzo foi secretário de janeiro de 2017 a fevereiro de 2018. Depois, retornou à sua condição de auditor fiscal da Receita Estadual.

14:54

"Também houve muitos bloqueios judiciais, hospitais, precatórios, fomos repondo algumas contas, o bloqueio não escolhe conta, ele vê o saldo, vai lá e bloqueia. Colocamos folha em dia, pagamos encargos, ao menos a parte do servidor, para que a gente conseguisse ter um mínimo de condição administrativa", comenta Gotuzzo.

14:53

Gotuzzo conta que, durante o período, na questão da previdência, havia mais de R$ 11 milhões de retenções dos servidores, que o município reteve por bloqueios e deficiências de caixa e que foram pagos durante o ano de 2017. "Desses R$ 11 milhões, boa parte era de contribuição do servidor que nós colocamos em dia", relata.

14:53

"No decorrer do ano tomamos diversas medidas para reduzir despesas, reduzimos secretariados, cargos, horas extras, e buscamos equilíbrio das receitas e despesas do município", explica.

14:52

"É bem verdade que desses R$ 110 milhões, R$ 70 milhões eram recursos vinculados do Estado e União, e o resto de receitas próprias da prefeitura que deveriam ser pagas".

14:52

"Foram feitas diversas reuniões com o governo anterior, exercendo oficialmente o cargo a partir de 1º de janeiro. Recebemos o governo com mais de R$ 110 milhões de dívidas vencidas, com despesa de R$ 650 milhões e receita de R$ 540 milhões", lembra.

14:51

Gotuzzo conta que foi convidado por Salvaro para ser o secretário da Fazenda ainda no governo de transição.

14:51

Kaminski pede que Gotuzzo explique qual era o seu papel na prefeitura.

14:50

Róbson Gotuzzo ouvindo as orientações do presidente Kaminski.

14:47

Róbson Gotuzzo é anunciado e apresentado pelo presidente Kaminski.

14:46

Ex-secretário municipal da Fazenda, Róbson Gotuzzo, é convocado a entrar no plenário e assumir lugar para responder às questões da CI.

14:46

Também na terça que vem os representantes da auditoria contratada vão apresentar os resultados que eles estão concluindo sobre o Criciumaprev.

14:45

Atuário Guilherme Walter estará na terça-feira, 25. "Se ele não estiver na CI na terça, será uma convocação coercitiva para quarta-feira. Se não vier, será feito de forma coercitiva", complementa.

14:45

Retomada a audiência da CI.

14:27

Kaminski suspende os trabalhos da CI por alguns minutos para checar se Róbson Gotuzzo está presente mesmo às 15h para a oitiva.

14:27

Vereador Kaminski informa que o atuário Guilherme Walter seria ouvido às 14h, e Róbson Gotuzzo está previsto para 15h.

14:26

Vereador Potelecki sugeriu interrogar Guilherme Walter por ofício. Vereador Kaminski respondeu que não é possível, pois precisa ser pessoalmente.

14:24

"Não há necessidade. Questão de entrar de novo em contato e articular a vinda dele aqui. Temos que cumprir os prazos, lembrando que é permitido se renovar o andamento da CI, haja vista que é tão importante essa questão do Criciumaprev", argumenta o vereador Potelecki.

14:23

Honorato refere-se a Guilherme Walter. "O Pablo, que veio antes, a lei dizia que teria que ter cinco anos de superavitário para baixar por decreto. Estamos há anos negativo e mesmo assim eles autorizaram. Eu queria escutar ele (Guilherme Walter, que iria hoje) o porque dele ter assinado isso. Nem que seja coercitivo", acrescenta Honorato.

14:22

"Queremos terminar no prazo certo ou até antecipado. Nem que seja um chamado coercitivo, não esperamos chegar nesse ponto, mas coloquei sim na minha lista para ter algumas interpretações. Ele tomou ações que quero questionar", diz o vereador Ademir Honorato.

14:21

"Nós concluímos que vamos fazer uma força tarefa para encerrar tudo até 15 de julho", responde o vereador Kaminski. "Em razão disso precisamos acelerar os nossos trabalhos", completa.

14:21

Potelecki sugere o agendamento de outra data.

14:21

"Ele justificou que hoje não poderia estar aqui pois presta serviços para outros municípios", diz o vereador Potelecki, autor do convite ao atuário do Criciumaprev.

14:20

"Já fica previamente programado para ele estar semana que vem aqui", diz Kaminski sobre a ausência do atuário Guilherme Walter.

14:20

Kaminski anuncia o vereador Aldinei Potelecki (PRB), que justifica o seu atraso.

14:19

Guilherme Tadeu Lorenzi Walter não poderá comparecer, informa o vereador Kaminski.

14:18

Presidente Kaminski informou que a auditoria contratada pretende concluir seus trabalhos nesta quarta-feira, 19, para entregar os resultados aos vereadores da comissão.

14:18

O atuário do Criciumaprev, Guilherme Tadeu Lorenzi Walter, também será ouvido.

14:18

A comissão colhe dois depoimentos nas oitivas desta terça. Um deles será o ex-secretário da Fazenda de Criciúma, Róbson Gotuzzo.

14:17

Vereador Julio Kaminski (PSDB), abriu os trabalhos, acompanhado do vice-presidente Ademir Honorato (MDB) e do secretário Edson Paiol do Nascimento (PP).

14:17

Boa tarde. Eu sou Denis Luciano e a partir de agora o portal 4oito acompanha mais uma sessão da Comissão de Inquérito do Criciumaprev na Câmara de Criciúma.

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