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Falta de ar diferencia coronavírus de gripe comum, segundo médico pneumologista

Unidades de saúde e hospitais devem ser evitados pelo risco de contaminação

Por Guilherme Nuernberg Criciúma - SC, 21/03/2020 - 14:53 Atualizado em 21/03/2020 - 14:55
Foto: Arquivo/4oito
Foto: Arquivo/4oito

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"Os números hoje são secundários", afirmou o médico infectologista Renato Matos, a respeito dos casos de coronavírus, em entrevista a Rádio Som Maior na manhã deste sábado, 21. A partir da declaração de transmissão comunitária no país, a partir de agora só será realizado os exames no paciente que estiver internado. "Os números são muito aquém da realidade", diz Matos.

"Se a gente só tivesse os números da China, certamente não teríamos feito todo esse isolamento. Como países mais próximos, como Itália, Portugal e Espanha, estão tendo essa situação, de certa maneira nos identificamos mais com eles. A pessoas se deram conta da realidade da situação, que é muito grave", relatou o médico. "Só existe uma maneira de tenta minimizar isso, é o isolamento", emendou.

De acordo com o médico, a intenção agora é fazer que a curva da infecção se faça de maneira mais lenta para que o sistema de saúde consiga suportar o número de pessoas que irão necessitar de atendimento. "Acho que Criciúma tem tomado as medidas corretas, estamos separando os pacientes com sintomas o respiratórios dos outros pacientes", explicou.

A questão abordada pelo pneumologista é que também continuam os casos normais que tínhamos anteriormente. "Evidentemente que nessa época as pessoas continuam infartando, tendo AVC, também existem as cirurgias de emergência, que são necessárias em acidentes. Essa separação nos hospitais é fundamental", comentou o médico.

Estudos apontam que o coronavírus, além de ser mais resistente, fica no ar por mais tempo. "O vírus fica no ar até uma hora. Se uma pessoa está espirrando, ela é um perigo para quem está próximo. Parte do vírus fica em suspensão por uma hora e os outros caem na superfície e sobrevivem por um período mais prolongado", disse Matos.

O sintoma que mais diferencia o coronavírus de uma gripe comum ou um resfriado é a falta de ar ou febre prolongada por vários dias. "Gripe não da falta de ar. Se eu tenho quadro gripal e falta de ar, aí sim eu procuro uma unidade de saúde", afirmou.

Novos hábitos tem que ser tomados, principalmente para quem é obrigado a sair de casa nesse período. De acordo com o médico, o correto é chegar em casa, tirar o sapato na rua e ir direto para o banho. "O sapato pode ter pisado no vírus e vou leva-lo para casa. Esse cuidado tem que ser feito", ressaltou. Ele também explicou que há vários tipos de coronavírus e a relação dos animais com a doença. "O coronavírus é antigo, da década de 30 ou 40. Existem diversos que já convivíamos a muito tempo. Existe também o coronavírus em animais, mas não tem nada a ver com esse coronavírus que vem produzindo essa pandemia", esclareceu.

 

Tags: coronavírus

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