A situação do Hospital São José de Criciúma está crítica em relação a pandemia de Covid-19. A quantidade de casos aumentando exponencialmente chama atenção da direção e dos entes públicos. A ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) chega a 100% de ocupação. Outra preocupação é de que, apesar de o Hospital contar com condições estruturais para ampliar os seus leitos de UTI, faltam profissionais qualificados para esse atendimento.
"A situação dos leitos de UTI no fim de semana e nesta segunda-feira está muito alta, com alguns momentos chegando a 100% de ocupação nos nossos 27 leitos para o SUS. Hoje, neste momento, temos apenas 1 leito disponível", afirmou o diretor técnico do hospital, Raphael Elias Farias, ao programa Ponto Final da Rádio Som Maior nesta segunda-feira, 23.
Conforme Farias, na época que se classificava ser o auge da pandemia, em meados de julho, a ocupação de leitos gerais no hospital era de 74, agora está em 91 leitos ocupados. "É um número que realmente nos preocupa muito", contou.
Falta de profissionais
De acordo com o diretor técnico, o hospital conta com condições técnicas, como estrutura e equipamentos, para aumentar em mais 10 leitos de UTI o atendimento para a covid-19, contudo faltam profissionais qualificados, como médicos, enfermeiros e técnicos, para o atendimento desses novos 10 leitos. "Mais leitos precisam de mais profissionais trabalhando", comentou.
Apesar da ocupação, ainda não foram necessários encaminhar pacientes de Criciúma para outros hospitais da região. "Pode haver a necessidade de precisar de leitos e não termos aqui. Com isso, precisamos mandar esses pacientes para outros hospitais em outras cidades", completou
Suspensão das cirurgias eletivas
Para suprir a demanda de ocupação do Hospital São José, as cirurgias eletivas da unidade foram canceladas. "É uma medida para garantir que tenhamos espaço caso tenha necessidade", contou.
Procura por atendimento
O Centro de Triagem de Criciúma, em frente ao Hospital São José, conta desde o fim de semana com momentos de fila para atendimentos. "Os pacientes tem procurado atendimento e a gente visualiza esse aumento. E isso ocorre em todas as unidades de saúde da região", afirmou Farias.