Familiares de Regiane Miranda, sargento da Polícia Militar assassinada pelo ex-marido no dia 13 de julho de 2020, estão organizando uma manifestação pedindo por justiça à vítima. A manifestação está marcada para acontecer na próxima quarta-feira, 13, dia em que a tragédia completa seis meses, na subida da ponte do centro de Forquilhinha.
“A ideia da manifestação já vem por algum tempo, quando a família começou a estranhar a demora do inquérito que continua sem conclusão na Justiça, e ganhou mais força ainda no dia 25 de dezembro, quando aconteceu outro feminicídio na cidade de Forquilhinha, no mesmo bairro em que a minha tia foi morta”, declarou a jornalista Carol Paris, sobrinha da vítima.
Segundo Carol, os familiares seguem aguardando há meses por respostas referentes ao inquérito do assassinato de Regiane, mas até agora nada. O ato, então, será realizado não somente para cobrar respostas e ações por parte da Justiça, mas também como uma cobrança pelo fim do feminicídio.
“Queremos alertar a sociedade de que chega de feminicídio, chega de violência contra a mulher. Dizer que as mulheres não estão sozinhas e que podem pedir ajuda”, ressaltou a jornalista.
Na Polícia Militar, Regiane atuava em defesa das mulheres através da Patrulha Maria da Penha e, também, como instrutora do Proerd (Programa Nacional de Resistência às Drogas e à Violência). A sargento deixa dois filhos pequenos que, segundo Carol, continuam dando forças para que a família siga lutando.
“As crianças estão com a família, e estão bem dentro do possível, assim como todos nós. Todos os dias estamos juntos, dando forças um para os outros, e com certeza ver o sorriso deles é o que nos dá força para continuarmos lutando por um mundo melhor, é por eles também esse movimento que estamos fazendo”, declarou.