Na última sexta-feira, 10, no Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, o Governo de Forquilhinha alerta sobre a importância de identificar pessoas em sofrimento e que precisam de ajuda. Durante todo o mês, na campanha Setembro Amarelo, essas ações são reforçadas com temáticas abordadas de diferentes formas nas unidades de saúde do município. A entrega de material informativo ocorreu na manhã desta sexta. Ainda alusivo à campanha, no pórtico de entrada da cidade, prefeitura, praça dos Imigrantes Alemães contam com iluminação especial na cor amarela para chamar a atenção à causa.
“Quando se fala de suicídio, se trata de uma das principais doenças que causam morte no Brasil e no mundo e quando se trabalha a prevenção há uma redução de casos. Isso porque as pessoas ficam mais informadas, mais atentas aos sinais e sintomas e poderá colaborar ou prevenir que alguém próximo. Em Forquilhinha, temos uma rede que são as unidades básicas de saúde que são a porta de entrada para iniciar um tratamento. O médico avalia o problema, se necessário encaminha para a nossa clínica de especialidades para a psicoterapia e nos casos mais graves para o nosso serviço Caps”, comenta a psicóloga Carini Cesa de Souza.
A profissional destaca que cada pessoa lida com a sua fragilidade de formas diferentes. “O pensamento suicida pode ocorrer a qualquer momento da vida, podendo ser algum evento traumático que a pessoa não consiga elaborar, luto, término de relacionamento e alguma doença grave. No ano passado, foram sete casos de de suicídio no nosso município, as tentativas foram várias, nesse momento não temos esse levantamento. Por isso, a importância de frequentar uma equipe multidisciplinar, porque as pessoas que tem alguns transtornos, um dos quadros com maior risco de suicídio é Transtorno afetivo bipolar e apesar de estar com tratamento medicamentoso poderá em alguns casos ter os momentos de crise que pode ser fase de mania (euforia) e ou depressiva. Com isso os profissionais podem monitorar e identificar marcando o agendamento do psiquiatra para reavaliação medicamentosa e nos casos mais graves desse ou outros transtornos, se necessário internação, pontua a psicóloga.
A coordenadora do CAPS, Flávia Back Tiscoski enaltece quem procura pelo serviço. “Tanto o familiar quanto o paciente vem procurar. Na grande maioria o paciente tem consciência que necessita de ajuda. Você conhece a pessoa e pode emitir sinais de mudança repentina de comportamento, isolamento, deixando de fazer algo que gosta. Outros sinais mais graves como cartas de despedida, isolamento ou frases que deixam no ar que apresentam o sofrimento psíquico”.
Vale lembrar que o Centro de Valorização da Vida (CVV) também oferece apoio emocional gratuitamente, de forma voluntária, 24 horas por dia, por telefone 188.