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Golpe do precatório do plano Collor chega à região

Criminosos dizem que cidadão tem direito a receber um valor de indenização, mas exigem pagamento de "cartório" para liberação

Por Paulo Monteiro Criciúma - SC , 08/06/2020 - 17:51 Atualizado em 08/06/2020 - 17:54
Foto: reprodução
Foto: reprodução

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Mais um golpe de depósito bancário deu as caras na região de Criciúma nesta semana. Desta vez, a ação criminosa age com base em um suposto valor precatório a ser recebido da época do plano Collor, de meados da década de 90, sendo oferecido para vítimas da região de maneira formal e repleta de dados pessoais. 

O representante comercial Amarildo Cardoso esteve perto de cair no golpe, mas acabou não sendo lesado. Segundo o profissional, um homem de Santa Catarina o ligou dizendo que era da Receita Federal e afirmando que ele tinha um valor da época do plano Collor para receber referente a um processo que tinha sido recorrido pelo governo federal e que acabou ficando como precatório.

“Ele disse sobre esses R$ 71,6 mil que estava liberado para mim, e eu realmente lembrei que lá em 1994 ou 1995 tinha pensado sobre esse detalhe, mas não me lembrava nem do advogado contratado. Pensei que realmente tinha esse valor a receber, e o homem disse que esse seria o valor sem as correções, e que deveria ligar para um advogado em Brasília, ligado ao Banco Central. Então me passou o contato, números de protocolo e de conta corrente”, comentou.

Amarildo entrou em contato com o suposto advogado de Brasília, que se identificou formalmente como doutor e lhe confirmou seus próprios dados pessoais, como CPF e identidade. “Ele chegou a destacar o nome da minha mãe, meu endereço e tudo quanto é dado”, declarou.

Após os dados serem confirmados com o representante comercial, o “advogado” alerta para um valor de cartório que é preciso pagar antes de receber o precatório. “Ele disse: nós temos algumas taxas cartoriais, cada pasta do senhor tem mais de 100 documentos e preciso levá-los todos ao cartório para autenticar e entregar no Banco Central autenticado. Esse suposto advogado disse que a hora que os papéis fossem entregues, o dinheiro seria depositado na minha conta. Quando ele falou que o custo era de R$ 2.998,80, eu percebi que era golpe”, pontuou.

Amarildo buscou o irmão advogado para saber mais informações sobre esse possível precatório para receber, o qual não existia. Mais tarde, no mesmo dia, o advogado de Brasília voltou a telefonar, mas o representante comercial o enrolou e disse que não teria como pagar. “Quando eu falei que tinha conversado com um advogado sobre, ele logo disse que então meu precatório ficaria para meados de 2024”, disse. “Eu não fui prejudicado, mas vai saber se isso não acontece com outra pessoa da região”, destacou.

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