Em entrevista coletiva nesta terça-feira, 23, o secretário de Estado da Administração, Vânio Boing, afirmou que o Governo de Santa Catarina está disposto a retomar as negociações com os profissionais da Educação que declararam greve assim que as atividades forem retomadas normalmente nas escolas estaduais. Na manhã desta terça-feira (23), para dar prosseguimento às conversas, o secretário recebeu os líderes da categoria, que optaram por seguir convocando os servidores para a paralisação.
A postura do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Santa Catarina (Sinte/SC), por outro lado, é oposta. A entidade não viu avanços nas negociações com o Governo do Estado e informou que os trabalhadores permanecerão em greve "até que seja apresentada uma proposta sólida". Os líderes do sindicato defendem que o momento é de "fortalecer" a greve.
De acordo com o secretário da Administração, três reivindicações feitas pelo Sinte "já foram atendidas" no fim de 2023, quando o Governo do Estado anunciou "o maior concurso da história da Educação de Santa Catarina", aumentou o valor do vale-alimentação e iniciou a redução gradual para encerrar a cobrança de 14% na previdência dos aposentados.
A principal reivindicação, no entanto, é a descompactação do plano de cargos e salários. Uma reclamação histórica dos professores é que há pouca progressão salarial à medida em que os profissionais avançam na carreira com tempo de serviço e melhora na formação. Eles querem que os reajustes ao piso também sejam aplicados no mesmo percentual para todos para minimizar esse problema.
“A proposta feita pelo sindicato faria com que o Estado ultrapassasse em muito o limite permitido pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Nós pretendemos retomar as negociações assim que todos os servidores voltarem aos seus postos de trabalho”, afirmou Boing.