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Guidi quer proximidade com o Governo do Estado por investimentos em Criciúma

Pré-candidato do PL foi entrevistado em série da Som Maior

Por Renan Medeiros 30/04/2024 - 11:47 Atualizado em 30/04/2024 - 11:49
Foto: Vitor Ávila
Foto: Vitor Ávila

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Ricardo Guidi (PL) foi entrevistado na série realizada pela rádio Som Maior com os pré-candidatos a prefeito de Criciúma. Ele foi sabatinado na manhã desta terça-feira (30) pelos jornalistas Adelor Lessa e Maga Stopassoli.

Ouça a entrevista abaixo e leia a seguir:

Adelor Lessa: O senhor tem data para desincompatibilizar na Câmara ou deixar a Secretaria de Estado para mergulhar na campanha aqui na cidade?

Ricardo Guidi: A gente fica até o fim de maio na Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Economia Verde, próximo ao prazo de desincompatibilização. Vamos fazer um evento em Criciúma, apresentar o trabalho realizado ao longo desses meses como secretário de Estado. É uma Secretaria nova, e a gente tem que parabenizar o governador Jorginho Mello pela iniciativa de criar uma Secretaria de Meio Ambiente num estado que tem uma fauna e uma flora tão bonitos como o nosso e tão importantes. Não só pela preservação ambiental, mas também importantes porque vende o nosso Estado de Santa Catarina, nossas praias, nossa região serrana. É um ativo importante que precisa ser preservado e conhecido. A gente vai fazer uma apresentação com um relatório dos trabalhos realizados ao longo desse mês. Devo assumir na Câmara dos Deputados, ficar alguns dias a princípio, em seguida já tirar uma licença pra poder me dedicar ao processo eleitoral aqui em Criciúma

Maga Stopassoli: Se eleito for, por onde o senhor vai começar a cuidar da cidade? Qual vai ser a tua pauta primeira?

Guidi: Primeiro, eu acho que ver a gestão do município. Quando eu falo em gestão, sempre se cercar de técnicos competentes, pessoas que conheçam a realidade do município, que tenham embasamento pra ajudar a gente no trabalho. Porque eu acho que uma boa gestão sempre se faz escolhendo secretários, auxiliares, capacitados. Isso a gente vai fazer, mas claro, priorizar em inúmeras áreas. Eu acho que a educação é fundamental, valorizar e capacitar os nossos professores, estender o ensino integral. A questão da saúde também é uma preocupação muito grande, nossa, tem filas muito longas em algumas áreas. E isso a gente quer diminuir através de gestão, de tecnologia, e claro, também com recursos. E eu, com certeza, estarei trazendo aí pelo menos R$ 25 milhões em emendas federais. Vou conversar junto à bancada federal catarinense, pedindo pra que a gente possa eliminar as filas da saúde. O que a gente não conseguir com a bancada, a gente vai colocar da nossa cota, então pelo menos R$ 25 milhões nessa área. Fazer um levantamento das obras necessárias, estruturantes, eu acho que precisa fazer alguns elevados pra melhorar a mobilidade urbana. Claro que isso a gente tem que fazer com apoio técnico, mas eu vejo já uma necessidade de décadas. Eu já falava lá no início dos anos 2000, meu pai já falava em um elevado ali na frente da Assembleia de Deus, na Avenida Centenário, outro na Joaquim Nabuco, fazer um estudo ali pelo Hospital São José também para que a gente possa destravar o nosso trânsito. Mobilidade urbana a gente tem que falar também em transporte coletivo. E aí eu acho que a gente está num modelo muito antigo ainda, da década de 90. Eu lembro que foi o ex-prefeito Eduardo Moreira que implantou o sistema atual, mas o ex-prefeito Altair Guidi já tinha feito um projeto com uma equipe bastante capacitada de Curitiba, que foi o embrião desse projeto, Não tinha os túneis, não tinha as grandes obras, mas já se falava em transporte coletivo. A gente tem que atualizar isso. A cidade cresceu muito, a população aumentou, aumentou o número de veículos na cidade. Isso também é preocupante porque isso acaba engessando o trânsito. A gente tem que fazer um estudo bastante preocupado com melhorar a qualidade da mobilidade urbana, para que o criciumense use mais o transporte coletivo. Temos que dar agilidade porque vai melhorar o trânsito. Transporte coletivo é uma solução para o trânsito também. Mas eu acho que o foco principal talvez é pensar a nossa cidade daqui a 20, 30, 50 anos. Pensar no futuro de Criciúma, onde a gente quer chegar. E quando a gente fala isso eu acho que é fundamental trabalhar a condição de cidade polo do sul do estado. Um polo de serviços, um polo de indústrias, e a gente tem uma parceria muito próxima do governador Jorginho Mello nesse sentido. Quando eu ingressei ao Partido Liberal, eu falei da importância que eu queria dessa parceria entre Criciúma e o Governo do Estado. Inclusive quando eu assumi a Secretaria de Estado do Meio Ambiente, eu já considerei a importância, primeiro de ter uma experiência no Executivo, que eu ainda não tinha. Eu vim da iniciativa privada, sempre trabalhei nos negócios do meu avô, o Alcino Zanatta. Quando casei, a minha esposa começou a me ajudar e eu pude ingressar na vida pública. Fui deputado estadual por quatro anos, estou deputado federal no meu segundo mandato. Fiquei quase cinco anos já como deputado federal, então tinha uma experiência muito boa no Legislativo. Consegui trazer conquistas importantes para Criciúma e para todo o Sul do estado, posso dizer até para Santa Catarina. A Lei de Transição Energética Justa é uma lei fundamental que ninguém acreditava que a gente conseguiria aprovar. Uma pauta bastante polêmica a nível nacional. E a gente lá com muito trabalho, com muita competência, com articulação, com relacionamentos, conseguiu aprovar. Consegui mostrar para os deputados e senadores que essa questão era importante não só para Criciuma e região, mas para o Brasil. Quando a gente fala em segurança energética e até no preço da energia elétrica, porque a energia termoelétrica, que é fundamental para a segurança energética do país, a do carvão é a mais barata. Então a gente conseguiu também ter uma boa relação na Capital Federal, mas me faltava a experiência no Executivo, e essa experiência eu adquiri ao longo desses últimos meses. Além disso, consegui aproximar uma relação com o governador do Estado e com o secretariado, com todo o colegiado do governador. A gente vai ter porta aberta, caso seja eleito prefeito, para buscar recursos, seja na educação, seja na saúde, seja nas obras tão importantes, obras estruturantes aqui para a nossa região, como o anel viário que está quase sendo concluído. Mas já temos que falar em alguns trechos em duplicação. Um projeto antigo. Meu pai começou lá na década de 70 a falar no anel viário E que a gente espera já concluir e poder já duplicar em algumas partes, revitalizar outras. Então a gente tem que preparar Criciúma para o futuro, saber onde a gente quer chegar E nisso é fundamental tecnologia, inovação, parcerias com a Satc, parcerias com a Unesc. Na saúde, parcerias com o Hospital São José, que é fundamental para toda a saúde do povo de Criciúma e do Sul do estado.

Adelor: o senhor falou em transporte coletivo Está se falando muito em transporte coletivo gratuito, como os municípios aqui da região já estão fazendo, Forquilhinha, por exemplo. O que o senhor pensa disso?

Guidi: Olha, eu tenho informações de Forquilhinha que funciona muito bem, que tem dado um resultado bastante positivo. Agora a realidade de Forquilhinha é diferente da realidade de Criciúma. Para que a gente possa formular um plano nesse sentido, precisa conhecer melhor os números, porque essa conta alguém vai pagar. Tem que ver se essa conta se paga. Se a conta se fecha, eu acho que seria bastante positivo. Para mim, assumir um compromisso desse… Quando eu digo que vou fazer, pode andar por todo o estado de Santa Catarina, que a nossa palavra é dívida e sempre é cumprida. Então eu tenho que conhecer um pouco melhor os dados para poder assumir um compromisso importante como esse.

Maga: Deputado, o senhor viu acontecer uma mudança no cenário político de Criciúma na última semana. Houve uma troca de candidatura no seu ex-partido, onde o senhor estava antes. O senhor imaginava que haveria essa troca? E como é que o senhor analisa esse movimento?

Guidi: Eu acho que essa troca é problema deles agora. Eu não estou mais lá no partido, mas claro que essa troca confirma aquilo que eu vinha falando, que mostra que o partido agiu errado ao longo do processo pré-eleitoral. E, praticamente, isso passa um recibo.

Adelor: Deputado, qual é a sua posição sobre Guarda Municipal? Já teve em Criciúma, foi extinta, e há movimentos pela volta. Qual é a sua posição sobre isso?

Guidi: Vejo com muito bons olhos. Estamos conversando não só com integrantes da antiga Guarda Municipal, mas tenho conversado com integrantes das forças de segurança do Estado. Nós estamos montando um plano de governo com áreas temáticas de saúde, de educação… Segurança pública vai ser uma área delas. Vamos definir uma política que vamos adotar no plano de governo. O que a gente definir no plano de governo. que será apresentado logo após a oficialização da candidatura, é o que a gente vai seguir caso eleito for. Mas vejo com muito bons olhos.

Maga: Antes a pergunta era: e o Guidi? Agora a pergunta é: e o vice? Com quem o senhor está falando? Paulo Ferrarezi? Acélio Casagrande? Tem outro nome aí nessa conversa?

Guidi: A gente vem conversando bastante com outros partidos. Temos conversado com lideranças do MDB, que tem bons nomes, posso falar aqui o vereador Paulo Ferrarezi, o próprio Aníbal Dário, que foi candidato na eleição passada.  Temos conversado com o PP também, que também tem muitos bons nomes. Vereador Júlio Kaminski, vereador Miri Dagostin, o vereador Miguel Pierini, também representante do Rio Maina, são nomes capacitados. E no PL também temos nomes de qualidade. A gente pode destacar o ex-deputado, o ex-secretário Acélio Casagrande, o ex-deputado Cleiton Salvaro, que também está com o nome à disposição. Eu vejo nomes de muita qualidade. Agora, para conversar e definir qual nome que mais agrega, temos até as convenções, que deverão ocorrer entre 20 de julho e 5 de agosto. Até lá, com muita conversa, muito diálogo, isso será uma marca do nosso governo, ouvir as pessoas, fazer uma Criciúma mais humana, para as pessoas. A gente vai exercitar isso ao longo da pré-campanha, porque eu aprendi que em política o tempo é feito para ser usado.

Adelor: Há uma preocupação na cidade de atrair novos investimentos, dinheiro novo para a cidade, recursos, empresas, negócios novos. Como o senhor pretende ter uma política para isso?

Guidi: Sem dúvida nenhuma é uma preocupação muito grande. Criciúma não vem crescendo já há muitos e muitos anos. Acho que há cerca de 20 anos Criciúma vem caindo posições. Já foi a quarta cidade do estado, hoje dependendo do ranking, varia entre oitava e décima segunda, então é uma preocupação muito grande. A gente tem que atrair novos negócios não só para Criciúma, mas para o entorno de Criciúma, porque também se vier uma indústria para Içara, normalmente os melhores empregos vão vir morar em Criciúma, vão investir em Criciúma, vão gastar em Criciúma. Se fala muito que Içara está crescendo, porque Içara tem uma frente muito grande para a BR-101. Claro que isso é verdade, mas Criciúma também tem uma frente bastante grande para a BR-101, região da Quarta Linha, do São Domingos, do Verdinho, tem muitos terrenos ali que podem ser aproveitados na questão da BR-101. Quando eu decidi ingressar no PL, em uma conversa com o governador, eu falei que eu topava esse projeto, esse desafio com dois compromissos. O primeiro da parceria para trazer recursos públicos do Governo do Estado, tão importantes, o do montante que a gente paga de impostos, cerca de 10% fica no município, mais de 20% para o estado e 60 e poucos por cento para a União. Então eu falei da importância de recursos públicos para fazer obras estruturantes, para dar condições para que as empresas se instalem aqui, mas também falei da importância e que eu quero que Criciúma seja foco, prioridade do Governo do Estado para trazer investimentos privados. Eu sei e acompanho ao longo desse período em que eu estive na Secretaria, ao longo da vida, que muitas empresas procuram o Governo do Estado querendo locais para se instalar em Santa Catarina. O que a gente conversou é que Criciúma precisa ser prioridade também nessa área para o Governo do Estado. Mas é claro que não fica só aí. A gente tem que aproveitar através da inovação, da tecnologia, abrir portas para trazer novos negócios, negócios que tragam empregos de qualidade. Eu acredito que o turismo também, e quando eu falo turismo é trazer a gente do Sul do estado para Criciúma, para conhecer as nossas ferramentas turísticas. Montar um roteiro nesse sentido, facilitar, atrair, mas que a pessoa venha para cá para gastar no comércio, que venha para cá gastar nos restaurantes de Criciúma, para que venha passar o dia, passar o fim de semana aqui. Acho que isso também pode melhorar bastante o movimento econômico da cidade. A questão do Porto Seco eu acho que é algo que tem que ser de uma vez por todas finalizada aquela pavimentação. É outra novela que se estende por mais de duas décadas e a gente vai finalizar a pavimentação do Porto Seco.

Adelor: O senhor vai concluir o Porto Seco?

Guidi: Sim, sim, a parte de pavimentação com toda certeza.

Adelor: Falando em Porto Seco, o ouvinte pediu aqui para ouvir a sua opinião sobre esse elevado ali naquela rótula próximo do 28º GAC, onde dá vazão, que é o caminho para o Porto Seco. 

Guidi: Eu vejo como interessante. É claro que tem que fazer estudos, diminuiu um pouco o movimento ali naquele trecho do Anel Viário quando foi feita via rápida. Mas, quando se fala em elevado no Anel Viário, quando a gente fala em revitalização, quando fala também uma duplicação, é claro que vai precisar de elevados. Eu vejo como importante ali no 28º GAC e também ali na rótula da Linha Batista, onde tem um polo industrial bastante forte, em determinados horários ali, formam filas bastante grandes. É outra preocupação. É claro que a gente vai analisar tudo isso por estudo, estudo técnico, viabilidade, necessidade, porque o dinheiro é curto, o cobertor é curto. A gente tem que ver o que é prioridade para a nossa cidade, mas é uma preocupação e algo que a gente tem em mente também.

Maga: Por falar em prioridade, o senhor está circulando na rua, todos os pré-candidatos estão. O que o senhor ouve das pessoas que elas elegem como prioridade?

Guidi: Eu vejo um sentimento muito forte de querer que a gente dispute a eleição, que a gente assuma a prefeitura e que venha principalmente, eu acho, a questão da humanização. As pessoas falam muito que não conseguem ser ouvidas, e a gente quer poder ouvir, trazer o que a cidade precisa. Uma coisa importante que a gente quer voltar é falar em cultura na cidade, reacender as nossas etnias que formaram a cidade. Quem não lembra das quermesses, como eram, que iniciaram no período do meu pai, em 1989, no segundo governo? O esporte a gente também vê como muito comum nas ruas as pessoas falando da questão do esporte, que hoje está muito apagado na cidade. A gente quer fazer um bom trabalho, porque o esporte é fundamental na vida das crianças. A gente quer priorizar a primeira infância, do zero a sete anos, da educação, da oportunidade, o esporte é fundamental nessa área. É isso, cuidar da nossa gente, cuidar dos primeiros anos, os anos que formam o caráter da pessoa, para que a pessoa seja uma pessoa de bem, que queira formar sua família e que queira o melhor para si, para os seus filhos, acho que isso é fundamental. Educação, oportunidades, eliminar as filas da saúde, a gente ouve bastante, a gente já tinha falado isso, a gente vai trabalhar com investimento, com dedicação, com tecnologia e com gestão, então acho que são mais ou menos nessa linha.

Adelor: O que o senhor pretende implantar de ciclovia na cidade?

Guidi: Ciclovia é saúde, é mobilidade urbana, é algo que a gente tem um carinho muito grande, inclusive no Balneário Rincão já encaminhamos recursos, como deputado, para a ciclovia ali entre o Rincão e a Pedreira, agora já garantimos entre a Pedreira e a região das Lagoas. Em Criciúma vamos fazer, tem um estudo inclusive da Avenida Centenário, que a gente quer olhar mais profundamente. E, claro, a gente tem que ligar as ciclovias. Já existem em muitos pontos, mas os trechos não são interligados, isso nos preocupa e acho que vamos fazer um estudo bastante intenso para garantir que o transporte através de bicicleta seja uma realidade no nosso município.

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