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Hospital Regional de Araranguá tem déficit de R$ 14 milhões, aponta diretor do IMAS

Valor foi acumulado no decorrer da pandemia

Por Marciano Bortolin Araranguá, SC, 13/07/2021 - 16:41 Atualizado em 13/07/2021 - 18:19

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O Instituto Maria Schmitt (IMAS), que administra o Hospital Regional de Araranguá (HRA), acumula um déficit de cerca de R$ 14 milhões, acumulado desde abril do ano passado. A afirmação é do diretor da Organização Social (OS), Douglas Cláudio, em entrevista ao Programa Conexão Sul, da Rádio Som Maior e do Post TV.

Ele contou que, com a chegada da pandemia, o Governo do Estado solicitou a implantação de mais 40 leitos de UTI para tratamento de pacientes de Covid-19. Estão todos ativos e em pleno funcionamento. Hoje, o déficit financeiro ultrapassa os R$ 14 milhões que começaram em abril. Os insumos aumentaram, não só em consumo, mas em valor financeiro. A gente está conversando com a Câmara de Vereadores. Já expomos a situação e estamos pedindo o apoio de todas as entidades de classe. Não é um pouco para o IMAS, mas para todo o atendimento prestado”, comentou.

Cláudio demonstrou insatisfação com declarações do Governo do Estado que criticou algumas OS’s, entre elas, o IMAS. “Ficamos surpresos porque foi mencionado que o governo está insatisfeito com algumas OS’s, e cita o IMAS. Esta nota de insatisfação gerou uma certa revolta até por parte dos nossos colaboradores. O instituto é composto por pessoas que nestes 16 meses de enfrentamento à Covid-19 arriscam as vidas saindo de casa combatendo a pandemia. Tivemos reuniões com a equipe de Florianópolis e hoje com os colaboradores de Araranguá. Nota no site da Secretaria de Estado da Saúde (SES) diz que os repasses estão em dia, o problema é que o contrato de gestão entre o HRA e a secretaria não prevê 40 leitos de UTI Covid-19 a mais”, falou.

Conversas

Na busca por soluções, a diretoria mantém conversa com autoridades, com secretários de saúde da região. “o hospital é de toda a região. Recebemos pacientes da Amrec, Amurel e de outros locais de Santa Catarina. Não estamos medindo esforços para manter o atendimento mesmo com as dificuldades financeiras. Somos a Organização Social que mais implantou leitos de UTI Covid-19 no estado. O secretário faz apontamentos que distorcem a realidade. Ele fala que em 2020 teve os atendimentos suspensos por conta do decreto, os atendimentos eletivos de abril a agosto. Fechamos os atendimentos eletivos por conta de um decreto, mas os nossos custos aumentaram, porque colocamos mais uma porta para atender Covid-19, isso representa médicos a mais. O que gerou de economia com este decreto foi o fechamento da policlínica. Isso significa R$ 127 mil de economia, 10 leitos de UTI Covid-19 custa R$ 640 mil. Tem uma diferença de mais de R$ 500 mil que estamos bancando”, falou.

Auditoria

O diretor diz que uma auditoria já aconteceu no HRA, mas critica a forma que foi realizada. “No dia 29 de junho, tivemos reunião com o secretário André (Motta Ribeiro, secretário de Estado da Saúde),  para colocar a situação e ele falou que estava aguardando a auditoria. Eu disse que o auditor que ele mandou, que é um cargo de confiança, esteve no HRA dia 22. Então ele nos garantiu que até o dia 7 de julho nos daria uma posição sobre a auditoria e até agora não tivemos retorno. O auditor ficou três dias no hospital e na última quinta-feira o secretário pediu que dois auditores fossem no Regional de Araranguá para ver se os leitos estão abertos e eles estão, não temos nada a esconder”, pontuou.

Confira a entrevista na íntegra:

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