Familiares de pacientes internados no Hospital São José de Criciúma, estão sendo alvos de golpes via telefone. Os golpistas ligam e pedem dinheiro se passando por alguém da instituição. A Polícia Civil atendeu quatro casos apenas essa semana, e ainda não se sabe como os envolvidos conseguem as informações dos pacientes, a principal suspeita é de que alguém de dentro do hospital esteja envolvido. Até então nenhuma das vítimas caiu no golpe.
Segundo o delegado da Polícia Civil, Márcio Neves, o golpista entra em contato com os familiares e alega que o paciente precisa fazer um procedimento que não é coberto pelo SUS. O pagamento pode ser feito via PIX para que a transferência seja mais rápida. “Aproveitam um momento de fragilidade da família, que está com um parente na UTI em estado grave e se passando por médico”, informou Márcio.
Nenhuma das vítimas que recorreu a polícia transferiu o dinheiro. Os casos estão acontecendo desde a semana passada e ainda não se sabe como eles conseguem as informações. “Me chamou a atenção essa situação de envolver pacientes. Inclusive um deles, o paciente está na UTI. Ou seja, como é que os golpistas ficam sabendo disso? Pode ter alguém do hospital envolvido”, relatou o delegado.
O diretor técnico do hospital, médico Raphael Elias, alertou que a instituição não possui essa prática. “Havendo contado de familiares, peço que desconsiderem essas mensagens e, havendo ainda assim a dúvida, que as famílias entrem em contato com o Hospital São José pelas vias oficiais ou presencialmente, esclareceremos a todos”, disse.
Nota oficial emitida pelo Hospital São José:
Evite cair em golpes
Segundo Márcio Neves, esse tipo de crime é muito comum, são várias modalidades de pessoas tentando induzir as vítimas a erro para tirar vantagem. “Hoje, pela tecnologia, isso facilita. Facilita também a vida do bandido, que se esconde atrás de um perfil, atrás de um telefone, de um aplicativo de mensagens e acaba induzindo pessoas”, advertiu.
O caso do Hospital São José chamou atenção por se tratar de uma instituição grande, o maior hospital da região. Por isso, é importante o alerta à população. O delegado ressaltou a seriedade de falar pessoalmente com a pessoa no local, por que instituições não pedem dinheiro por telefone. “As pessoas têm que tomar um pouco mais de cuidado antes de fazer qualquer transferência. Tem que ter certeza da transação, porque depois que faz eles já sacam o dinheiro e aí ficam no prejuízo”, concluiu.
Alerte do diretor técnico do hospital, Raphael Elias: