O Hospital São Marcos de Nova Veneza deverá mudar de gestão já no início de 2021. Isso porque o contrato de administração do município com a congregação das Irmãs Beneditinas, proprietárias do hospital, acaba em 31 de dezembro, e ainda não se sabe se as próprias irmãs irão continuar tocando a unidade ou se passarão para um outro administrador.
De acordo com o prefeito reeleito de Nova Veneza, Rogério Frigo, os seus últimos quatro anos de mandatos foram os mais turbulentos em relação ao São Marcos. O candidato assumiu a prefeitura, em 2017, com o hospital em greve, e foram pelo menos nove meses até a normalidade dos atendimentos. O contrato de administração por parte da Prefeitura, no entanto, está prestes a acabar.
“O município está acomodado com as irmãs até dia 31 de dezembro, e após isso elas recebem o hospital de volta. Elas possuem a pretensão de pegar o hospital de volta e não necessariamente administrar, mas passar para uma empresa de uma congregação de São Paulo que tem interesse de administrar o São Marcos”, comentou o prefeito.
Para que a congregação da Ordem dos Camilianos de São Paulo administrasse o São Marcos, precisaria ser feita a doação do patrimônio do hospital por parte das irmãs. Esta ordem, já administra o hospital de Imbituba, que pertencia a congregação e também foi doado à instituição.
“Eles estão para vir aqui na cidade em 3 de dezembro para fazer uma avaliação de todo o patrimônio e, depois, tomar uma decisão se aceitam ou não a doação. Então provavelmente a partir do dia 31 de dezembro, Nova Veneza entrega o hospital de volta às irmãs, que irão analisar e fazer o que for melhor para o município”, disse Frigo.
A Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc) também se colocou à disposição do município para fazer a gestão do Hospital São Marcos. A posição já foi repassada às irmãs pelo prefeito, e pode ser uma outra alternativa para a administração. “Acho que o São Marcos precisa ser administrado por alguém que saiba fazer saúde pública”, pontuou.