O Tribunal Superior do Trabalho (TST) decidiu no início da tarde dessa segunda-feira, 21, pelo fim da greve dos funcionários dos Correios que já durava mais de um mês.
Contudo, a Regional Sul disse que vai aguardar um posicionamento da federação para então saber como proceder. "A Justiça sempre nos dá 48 horas. Nesse período deve ser convocada uma assembleia geral. Somente após isso saberemos o que fazer", afirma Robson Rampon, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios.
O TST julgou na tarde dessa segunda-feira, 21, o dissídio de greve dos trabalhadores da estatal. Por maioria de votos, os ministros da Seção de Dissídios Coletivos consideraram que a greve não foi abusiva. No entanto, haverá desconto de metade dos dias parados e o restante deverá ser compensado. Além disso, somente 20 cláusulas que estavam previstas no acordo anterior deverão prevalecer. O reajuste de 2,6% previsto em uma das cláusulas foi mantido.
Segundo a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas dos Correios e Similares (Fentect), a greve foi deflagrada em protesto contra a proposta de privatização da estatal e pela manutenção de benefícios trabalhistas. Segundo a entidade, foram retiradas 70 cláusulas de direitos em relação ao acordo anterior, como questões envolvendo adicional de risco, licença-maternidade, indenização por morte, auxílio-creche, entre outros benefícios.