Gilson Kleina segue técnico do Criciúma, mesmo com a fraca campanha e o time na zona de rebaixamento após os 2 a 1 sofridos contra o Operário neste sábado, 3, no estádio Heriberto Hülse. Foi ao menos a convicção que ele transmitiu. "Tem que trabalhar. Vida que segue. Estamos tentando solução em cima da perda de quatro jogadores, e mais a estreia. A equipe podia fazer um placar bem tranquilo e tomamos um gol e a nossa reação não veio, o time sentiu o gol. Temos que ter um pouco mais de cuidado com essa situação", disse.
Kleina citou os números do jogo para destacar a vantagem do Criciúma. "Tivemos 17 finalizações, oito no gol, uma na trave, o goleiro fez defesas importantes. A sorte tem que começar a virar, o Criciúma hoje jogou para vencer", analisou. Ele lembrou que o time precisou mudar muito, com os desfalques de Marcus Vinícius, Marlon, Léo Gamalho e Vinícius. "Quando iniciamos a semana, vocês viram que fizemos três trocas por lesões. Não falta trabalho, estamos buscando o melhor. Quando ontem a gente não reuniu situações para o Léo e o Vinícius, só fizemos a estreia do Foguinho, ele foi até onde deu, fez um grande jogo", enfatizou.
Ainda assim, o técnico destacou a atuação. "Nós vimos que o Operário não saía, eles prenderam um lateral em cima do Reinaldo. Essa é uma derrota dolorida. A equipe estava bem organizada, fazendo um jogo consistente. Estou para dizer que foi um dos jogos nos quais mais criamos. E pela primeira vez saímos na frente. Falamos no intervalo para não deixar cair, manter a pegada, o espírito, o controle. Fizemos um grande primeiro tempo, mas depois do gol tomado nós sentimos, e foi muito cedo, 50 segundos do segundo tempo", comentou.
Desestabilizou no gol
"Todo mundo tem que sentir essa derrota. Não podíamos ter perdido esses pontos", conceitou Kleina. O técnico lembrou o quanto o time foi desestabilizado com o empate do Operário antes do primeiro minuto do segundo tempo. "Desestabilizou mais uma vez, eles levaram três pontos valiosos. Com todo o respeito, nosso nível de confiança estava muito alto mas desestabilizamos em 50 segundos", enalteceu.
Para Kleina, experiência não faltou. "Não. Experiência nós temos. Veio uma bola longa, despretensiosa. O atacante deles fez um facão, nossa equipe ficou marcando a bola. Era só acompanhar, vir por trás, dar uma olhada. Não encurtamos, não fizemos a primeira bola. Pegou bem na bola e conseguiu. Do gol deu uma desestabilizada. A gente conversa, no intervalo deixamos o vestiário bem ligado, falamos que eles estavam só contra-ataque", sublinhou.
Quando estava em desvantagem, o técnico buscou alternativas ofensivas. "Sabíamos que era um jogo muito importante para fazer os três pontos em casa. E jogadores importantes com o desempenho que caiu. A troca do Maicon, colocamos o Foguinho, o Lúcio que há muito tempo não jogava, coloquei o Wesley de ala direita, o Liel e dois armadores, coloquei o Pedro e o Lúcio Flávio por dentro, o Daniel e o Marcinho, dois meias de arremate, e o Ceará pelo lado. Nós tivemos volume, mas eles se fecharam e trabalharam em cima da nossa ansiedade", registrou.
Jogadores sem ritmo
As entradas de jogadores como Pedro Bortoluzzo e Marcinho Júnior colocaram em ação atletas que há muito não jogavam. "Os dois tiveram lesões sérias, mas estão voltando, trabalhando. Eu já estava com Reinaldo, Ceará e Lúcio, e precisava de um homem de área. Colocamos o Maicon para fazer o corredor, a articulação do Daniel e do Wesley, mas o campo começou a ficar grande para o Maicon e o Reinaldo", disse.
O técnico antecipou que gostou da mudança de esquema. "Achei que no 4-4-2 o time teve mais consistência, dar ritmo para Foguinho, Daniel, ver o Léo Gamalho, a volta do Marlon, trabalhar a situação do Eduardo, tive uma conversa com ele", colocou. "A equipe vai crescer. Temos um grande zagueiro para estrear, e temos que tentar ganhar o jogo do Sport. Os resultados são muito ruins, o momento é ruim, temos que seguir o trabalho para reverter isso", concluiu.