O secretário de Turismo e Viagens do estado de São Paulo, o catarinense Vinicius Lummertz, visitou as obras da nova fábrica do Instituto Butantan, na Zona Oeste da capital paulista, onde será produzida a CoronaVac com processos e insumos totalmente nacionais, reduzindo o tempo de produção e sem precisar de importação de IFA da China. Segundo Lummertz, a autonomia da produção brasileira da CoronaVac tem participação ativa dos empresários. “São R$200 milhões de doações empresariais solidárias dos empresários de São Paulo e do Brasil, que fazem parte de um pacote de R$ 2 bilhões da iniciativa privada. Aqui se prepara uma fábrica que produzirá 1 milhão de doses por dia, mais uma ação do Governo João Doria para salvar vidas e a economia brasileira”, afirmou.
Vinicius Lummertz lembrou que foi no Instituto Butantan, no dia 10 de dezembro do ano passado, que os prefeitos da Federação dos Municípios de Santa Catarina (Fecam) assinaram o protocolo para obtenção da Cortonavac, uma ação articulada pelo próprio Lummertz. “A iniciativa dos prefeitos catarinenses fez com que cidades e estados brasileiros viessem procurar o Butantan para seguir o mesmo caminho e isso acabou pressionando o Governo Federal a incluir a Coronavac no Plano Nacional de Imunização (PNI) alguns dias depois. Ou seja, foi essa ligação Santa Catarina – São Paulo que salvou milhares de vidas que seriam perdidas pela resistência do próprio Ministério da Saúde em adquirir a vacina”.
O secretário e ex-ministro do Turismo esteve também esteve na área externa da fábrica onde está sendo produzida a primeira vacina com tecnologia totalmente brasileira, a Butanvac, que se encontra em fase de testes e em processo de aprovação pela Anvisa. Já existem 10 milhões de doses prontas para serem aplicadas tão logo a vacina seja aprovada. Lummertz foi recebido pela diretora de Projetos Estratégicos da Fundação Butantan, Cintia Lucci, que afirmou que “o Butantan busca inovar, o Butantan se arrisca em todas as frentes que a gente puder trabalhar, a gente coloca todo o nosso parque industrial, todos os nossos pesquisadores e pesquisadoras a serviço da vida”, disse a diretora. O Instituto Butantan é uma das instituições científicas mais respeitadas no mundo e tem cerca de 3 mil colaboradores.
Com relação à nova fábrica da Coronavac, Cintia Lucci informou que a conclusão está prevista para o mês de outubro. No primeiro mês, a produção deve atingir 30 milhões de doses, contribuindo com a aceleração da vacinação em todo o Brasil. Cerca de 80% da população vacinada que já recebeu as duas doses foi imunizada com a CoronaVac, que tem uma eficácia de 86 a 90% entre hospitalização, internação e óbito.