Após o ciclone extratropical da semana passada, que causou diversos estragos no município, Praia Grande, no Extremo Sul catarinense, enfrenta outro problema: a forte chuva das últimas horas que já resultou, entre outras coisas, em dezenas de desabrigados.
O prefeito, Henrique Matos Maciel, salienta que a cidade ainda se recuperava de uma catástrofe quando foi abatida por outra. “Primeiro a catástrofe do ciclone que fomos um dos municípios mais atingidos. Estávamos nos recuperando, fazendo a assistência à população, e no meio desta missão humanitária, deu esta enchente e ontem (terça-feira) fez com quem tinha um pouco perdesse o resto”, lamenta.
Maciel lembra que Praia Grande fica na encosta da serra e é cortado por vários rios. “Todos afluentes do Rio Mampituba, o rio que nasce nas encostas da serra, dentro dos cânions. A força da água, muita potência, vai destruindo tudo. Lavouras destruídas, pessoas desalojadas. Muitas pontes destruídas que vamos ter que derrubar e fazer de novo”, fala.
O prefeito revela que de 50 a 60 famílias desalojadas na terça-feira foram encaminhadas a uma escola e estão recebendo os cuidados da Secretaria Municipal de Assistência Social.
Maior volume de chuva da história
Maciel diz ainda que este foi o maior registro da história em quantidade de chuva. “Teve relato de 265 mm, eu tenho de 250mm em uma noite. Começou chover no fim da tarde e foi durante a noite. São 500 quilômetros de estrada de chão no município, não tem um metro que não foi atingido. Já viemos em um estado de tensão, psicológico abalado, dar conta do serviço público de manter em funcionamento já é complicado, agora vêm todas estas adversidades”, finaliza.