A matriz de risco potencial regionalizado divulgada neste sábado, 02, aponta todas as 17 regiões de saúde classificadas no nível Moderado (cor azul): Alto Uruguai Catarinense, Alto Vale do Itajaí, Alto Vale do Rio do Peixe, Carbonífera, Extremo Oeste, Extremo Sul Catarinense, Foz do Rio Itajaí, Grande Florianópolis, Laguna, Médio Vale do Itajaí, Meio Oeste, Nordeste, Oeste, Planalto Norte, Serra Catarinense, Vale do Itapocu e Xanxerê.
Em um comparativo com o relatório divulgado na semana anterior, houve apenas uma mudança a partir da melhora nos indicadores da região Nordeste que estava classificada no nível Alto (amarelo) e passou a ser classificada no nível Moderado (azul).
A dimensão Gravidade é composta por dois indicadores: o número de óbitos de Covid-19 acumulados nos últimos 7 dias por 100 mil habitantes e a Tendência de curto prazo (3 semanas) para ocorrência de novos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave.
Nesta dimensão, 3 (três) regiões foram classificadas no nível Moderado (azul): Carbonífera, Grande Florianópolis e Nordeste, 13 (treze) regiões foram classificadas no nível Alto (amarelo): Alto Uruguai Catarinense, Alto Vale do Itajaí, Alto Vale do Rio do Peixe, Extremo Oeste, Extremo Sul Catarinense, Foz do Rio Itajaí, Laguna, Médio Vale do Itajaí, Meio Oeste, Oeste, Planalto Norte, Serra Catarinense e Vale do Itapocu e apenas uma região foi classificada no nível Grave (laranja) Xanxerê.
A dimensão Transmissibilidade é composta por dois indicadores, o número de casos ativos (infectantes) por 100 mil habitantes e o número de reprodução efetivo da infecção (Rt).
Nesta dimensão, 14 (quatorze) regiões foram classificadas como nível Moderado (azul): Alto Uruguai Catarinense, Alto Vale do Itajaí, Carbonífera, Extremo Sul Catarinense, Foz do Rio Itajaí, Grande Florianópolis, Laguna, Médio Vale do Itajaí, Meio Oeste, Oeste, Planalto Norte, Serra Catarinense, Vale do Itapocu e Xanxerê. Outras 3 (três) regiões foram classificadas no nível de Alto (amarelo), Alto Vale do Rio do Peixe, Extremo Oeste e Nordeste.
A dimensão Proteção Específica é composta pelos indicadores de cobertura vacinal do esquema primário de vacinação contra a Covid-19 na população geral (duas doses ou dose única) e da cobertura da dose de reforço na população com 60 anos ou mais de idade.
Nesta dimensão, não houve mudanças em relação ao relatório da semana anterior, permanecendo 6 (seis) regiões no nível Moderado (azul): Alto Uruguai Catarinense, Extremo Oeste, Meio Oeste, Oeste, Serra Catarinense e Xanxerê e outras 11 (onze) regiões no nível Alto (amarelo), Alto Vale do Itajaí, Alto Vale do Rio do Peixe, Carbonífera, Extremo Sul Catarinense, Foz do Rio Itajaí, Grande Florianópolis, Laguna, Médio Vale do Itajaí, Nordeste, Planalto Norte e Vale do Itapocu.
Por fim, a dimensão Capacidade de Atenção é composta pelo indicador de taxa de ocupação de leitos de UTI Adulto para tratamento de Covid-19 em relação ao total de leitos de UTI Adulto disponíveis no Estado.
Nesta dimensão, todas as 17 (dezessete) regiões foram classificadas no nível Moderado (azul), com taxas de ocupação de leitos de UTI adulto com pacientes em tratamento de Covid-19 abaixo de 20%.
Queda no número de hospitalizações e mortes em relação ao número de casos tem relação direta com o avanço da vacinação contra a Covid-19 em Santa Catarina.
Até o dia 01 de abril de 2022 foram confirmados 1.677.565 casos de Covid-19 em Santa Catarina. Desse total, 535.454 casos (32%) foram registrados em 2020, 728.986 casos (43%) em 2021 e 413.125 casos (25%) em 2022.
Apesar dos primeiros meses de 2022 representarem ¼ do total de casos de Covid-19 desde o início da pandemia, o número de casos graves, representados pelas hospitalizações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e os óbitos, representados pelas taxas de mortalidade e letalidade são menores do que as registradas nos anos de 2020 e 2021.
Do total de 78.030 casos de SRAG por Covid-19 hospitalizados até o dia 01 de abril de 2022, 23.353 (30%) foram registrados em 2020, 48.926 (63%) em 2021 e 5.751 (7%) em 2022. A taxa de incidência de SRAG que era de 322 casos/100 mil hab em 2020 passou para 674,6 casos/100 mil hab em 2021 e reduziu para 79,3 casos/100 mil hab em 2022.
Já em relação a mortalidade por Covid-19 do total de 21.666 óbitos registrados até o dia 01 de abril de 2022, 5.412 (25%) ocorreram em 2020, 14.813 (68%) em 2021 e 1.441 (7%) em 2022. A taxa de mortalidade que era de 74,6 óbitos/100 mil hab em 2020 passou para 204,2 óbitos/100 mil hab em 2021 e reduziu para 19,9 óbitos/100 mil hab em 2022. E a taxa de letalidade, que mede o número de mortes em relação ao número de casos, que em Santa Catarina é uma das menores do Brasil (1,29%), aumentou de 1,01% em 2020 para 2.03% em 2021, mas reduziu para 0,35% em 2022.
Ou seja, apesar do aumento no número de casos de Covid-19 registrados por conta do avanço da variante Ômicron, a doença causou 6 vezes menos internações e mortes durante os primeiros três meses deste ano, quando comparado com o ano de 2021. E isso só ocorreu devido às elevadas coberturas vacinais em todo o Estado.
Segundo dados do vacinômetro SC, já foram aplicadas 14.115.782 doses de vacinas contra a Covid-19 em Santa Catarina. Um total de 5.643.028 catarinenses completaram o esquema primário de vacinação, o que representa 83,4% da população vacinável, a partir dos 5 anos de idade.
Quando se considera a população adulta, a partir dos 18 anos de idade, a cobertura do esquema primário alcançou 93,8%. Já em relação a população idosa, a partir dos 60 anos de idade, a cobertura do esquema primário alcançou 100%.
No momento o grande desafio está em completar o esquema primário de vacinação em crianças de 5 a 11 anos, que ainda se encontra com 38,6% de cobertura da primeira dose (D1) e 8,5% de cobertura do esquema primário completo de duas doses, e nos adolescentes de 12 a 17 anos, que apresentam cobertura de 90,5% de primeira dose (D1) mas ainda se encontra com cobertura do esquema primário de duas doses por volta de 65,8%.
Além disso, é importante alertar a população a partir dos 18 anos para a importância de retornar aos postos de vacinação para receber a dose de reforço, que deve ser aplicada após 4 meses da segunda dose, para aumentar o nível de proteção contra formas graves da Covid-19. Pouco mais de 41,3% da população acima de 18 anos e 74,3% dos idosos já receberam a dose de reforço.
O principal objetivo da matriz de risco é ser uma ferramenta de tomada de decisão. A nota final do mapa de risco considera um intervalo de variação mais adaptado para cada nível, sendo de 1 a 1,9 como moderado, 2 a 2,9 como alto, 3 a 3,9 como grave e igual a 4 como gravíssimo.
A nova matriz de alerta epidemiológico ainda necessita passar por avaliação de consistência antes de ser implementada.