Há exatos 50 anos, em 8 de abril de 1972, a Sociedade Recreativa União Mineira dava um salto para a história. Comemorava a conquista de sua sede própria, a mesma que atualmente segue ali, na Rua Henrique Lage, no Bairro Santa Bárbara. O cinquentenário da casa do União Mineira é lembrado nesta sexta-feira (8) pelo jornalista Nei Manique.
O Tribuna Criciumense noticiava o fato na edição daquele dia, referindo o imóvel, doado pela Companhia Brasileira Carbonífera Araranguá (CBCA) como "gigante em concreto". Até então, os sócios do clube, fundado no distante 1935, reuniram-se em uma casa simples e de madeira, perto dali.
A matéria que noticiava a inauguração da sede mencionava a primeira diretoria do União Mineira. Interessante notar os nomes de notáveis da história de Criciúma que fazem parte daquele grupo pioneiro: Giácomo Perucchi (primeiro presidente), Antônio Larroyd, Mansueto Costa, Gregório Fernandes, Amélio Perucchi, Dolário dos Santos, Anibal Sonego, Silvestre Scotti e Hercílio Amante.
Nei Manique lembra, ainda, que ali era Vila Operária, depois Operária Velha e alcançando a atual Santa Bárbara. E recorda que o União Mineira foi lugar de bailes memoráveis, de shows de cantores famosos e de desfiles de debutantes de várias épocas. E, claro, lugar do Verde & Branco, o mais importante baile de salão do auge do Carnaval criciumense.
E o União Mineira foi, ainda, ponto de apuração das eleições, na época em que as cédulas impunham o desafio de dias a fio de contagem, literalmente voto a voto. "Cada apuração era uma aula de como eleger certos candidatos", comentou, ao Blog Idade Mídia, o jornalista, ex-vereador e ex-presidente da Câmara, Archimedes Naspolini Filho. E houve os bailes da Rádio Difusora, dirigida por ele, nos quais era escolhida a "namoradinha da Difa".